Se não tivesse visto com os meus próprios olhos, não acreditava. A Maria João, a divertida Maria João com quem partilhei um concerto no São Luíz do qual não me consigo lembrar e com quem tomei chás em Londres, num longínquo Agosto de 1999, é agora a detentora do maior segredo do Estado democrático português: o "cofre blindado" da UnI. Segundo ela, a porta-voz e assessora de imprensa das reitorais figuras da UnI, hoje conhecer-se-á o conteúdo desse "cofre" que, consta, alberga as falsificações de "diplomas" de parte da nossa classe política, os bons pastores da democracia. As reitorais figuras, certamente inspiradas pela Maria João, convidaram o eng. Gago e o chefe do governo a ornamentarem, com a sua veneranda presença, este "momento Dan Brown" do regime. Ao pé disto, os "ballet Rose" do Doutor Salazar eram encontros de meninos de coro para treino de voz. Muita gente e muita coisa apascentaram e serviram-se dos "bons ofícios" e das "facilidades" de muita gente e de muita coisa. Normalmente essa gente e essas coisas não são propriamente gratas e, dada a natureza "comercial" do "objecto" (terminologia jurídica pura), não apreciam que lhes estraguem o referido negócio. Algo está definitivamente podre no "reino da Dinamarca" e o "cofre blindado" da Maria João Barreto era apenas a metáfora que faltava. Por exemplo, não sei por que não me admirei de ver Dias Loureiro - esse benemérito padroeiro da nossa democracia, tratado, como Jorge Coelho, como "senador" - "preocupado" por o "reformismo" do governo e do excelente Sócrates, em especial, poderem ter sido postos em causa pelo dr. Marques Mendes que, coitado, murmurou "falta de carácter". Caramba, Loureiro sempre é conselheiro de Estado. Do estado a que isto chegou, mas de Estado. O "cofre blindado" devia ser a nossa "arca de Noé", mas ao contrário. Gentinha desta não merece salvação.
4 comentários:
Esperemos que, com esta bagunça, não seja posto em causa a estrutra do regime, alicerçada nos partidos políticos. Caso contrário, temos que poder vir a considerar pertinentes os considerandos da veneranda figura quando afirmava,não sem uma certa dose dose de orgulho e ironia, em 1949:"Nunca tive os olhos postos em clientelas políticas nem procurei formar um partido que me apoiasse mas que, em paga do seu apoio, me definisse a orientação e os limites da acção governativa. Sou, tanto quanto se pode ser, um homem livre."
josé rocha
Vamos ver se Barreto não lava mais branco e se não aparece uma sondagem fantoche dizendo que 80% dos inquiridos não se sentem afectados por este assunto. Do lado do Governo ouvir-se-ão, decerto, as prepotências do costume que começam sempre por "os portugueses sabem bem", etc..
Quanto aos partidos, que se desintegrem todos.
Era isto...
«Esperemos que, com esta bagunça, não seja posto em causa a estrutura do regime, alicerçada nos partidos políticos».
Há um aparente pluralismo na aparente diversidade dos partidos políticos, que transforma um regime aparentemente plural em um regime totalitário.
Quando essa perversão se torna evidente e permanece no quotidiano da vida dos cidadãos, é porque já é urgente convocar uma nova Constituinte ...
Chamem o James Cameron para fazer o documentário! À beira disto, o pretenso túmulo de Cristo é bombinha de Carnaval...
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