12.4.07

NO QUE ELE ACREDITA

"Um chefe de Governo que perde a capacidade de liderança; uma nomenklatura que não sabe viver sem chefe, até porque o chefe gostava de o ser e não autorizava outros protagonismos; elites económicas desdenhando do poder político que as alimentou assim que percebem que este está descredibilizado; um país que não distingue autoritarismo do exercício do poder e por isso fez e faz do princípio do mal menor o seu critério para entronizar os líderes. E como metáfora de tudo isso, vagueando em São Bento, alguém que acredita ser primeiro-ministro. E na rua um povo que, mais do que acreditar em quem o governa, precisa de acreditar que tem Governo."
Helena Matos (o nome do post é meu e o artigo vem no PÚBLICO)

6 comentários:

Maria Lua disse...

De um amigo (que mantenho sigilo por causa do REGIME) recebi este e-mail e que vale a pena partilhar (salientando o respectivo comentário no final do artigo do Diáro Digital/Lusa):

"Demora de um ano para certificado era possível, diz ISEL.
O presidente do Conselho Directivo do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL) disse hoje ser «possível» que há cerca de 10 anos a emissão de um certificado de habilitações demorasse um ano para ser passado.
O primeiro-ministro, José Sócrates, referiu quarta-feira numa entrevista transmitida pela RTP, que pedira à Universidade Independente um programa de transferências sem que tivesse primeiro apresentado um certificado de habilitações que comprovasse as disciplinas feitas no ISEL, porque este demorou um ano a ser passado.
Em declarações à agência Lusa, o presidente do Conselho directivo do ISEL, José Quadrado, disse, sem querer «comentar um caso em particular», ser «possível» que há cerca de 10 anos a emissão de um certificado de habilitações demorasse um ano até ser emitido.
«O ISEL tem seis mil alunos e para todos eles há uma logística própria» pelo que «é natural que a emissão dos certificados de habilitações demore algum tempo», disse o presidente do Conselho Directivo, referindo, no entanto, que actualmente esse prazo é apenas de cinco a 10 dias.
O responsável justificou que há cerca de 10 anos - altura em que o primeiro-ministro terminou a sua frequência no ISEL - não havia os meios informáticos que existem hoje e que todo o processo era feito manualmente.
José Quadrado adiantou, contudo, que no caso do ISEL nenhum plano de equivalência é executado sem que o aluno apresente primeiro todos os documentos comprovativos, nomeadamente o certificado de habilitações ou outros provisórios.
Na entrevista, José Sócrates disse que essa hipótese era comum na Universidade Independente e noutras, garantindo, contudo, que só teve o certificado da Independente depois de ter apresentado o do ISEL.
Por seu lado, o presidente da Associação Portuguesa do Ensino Superior Privado (APESP), João Redondo, disse hoje à Lusa que «se as universidades demorassem um ano a passar certificados de habilitações teriam certamente muitos processos judiciais interpostos por alunos por danos causados».
O responsável acrescentou que as inspecções correntes às universidades fariam referência a essa demora, o que não sucede.
O presidente da ASPEP realçou que as notícias sobre as demoras nas emissões dos certificados de habilitações «podem estar a dar uma imagem errada das universidades privadas».

Diário Digital / Lusa

Um breve comentário: “há cerca de 10 anos - altura em que o primeiro-ministro terminou a sua frequência no ISEL - não havia os meios informáticos que existem hoje e que todo o processo era feito manualmente….”
Em 2005, ou seja há mais de 10 anos, foi lançado o Windows 95 com o correspondente pacote Office, e se bem me recordo era já frequente o uso de ferramentas informáticas para o sistema de base de dados de alunos… eu por exemplo consultava o lançamento de notas num terminal existente nos serviços académicos de uma pequena Universidade Alentejana!! Por isso não é justificação que o processo de certificado de habilitações demore um ano!!!! Pode haver justificações mas duvido que seja do sistema informático! Haja um pouco de rigor!!!!"

José Reis Santos disse...

Sobre o texto da Helena Matos:

Mudemo-nos para o Público. Hoje comprei um jornal do qual já me tinha desabituado e, logo por azar, deparei-me com um texto verdadeiramente inacreditável da Helena Matos sobre um Salazar-incapacitado-a-cair-da-cadeira-e-a-ser-hospitalizado e um José Sócrates que, diz a brilhante comentadora, está a fingir ser Primeiro-Ministro. No meio de umas comparações escabrosas, sem nexo ou casualidade, há uma clara tentativa de passar um atestado de incapacidade ao PM (com que argumentos? O debate engenheiro/licenciado em engenharia?) Por favor, se a governabilidade de um país se medisse pelo grau académico dos titulares políticos há muito que os doutorados tinham a vida feita. Bom, seria como dizer que a opinião da Helena Matos é credível e bem fundamentada. Quem acreditaria?

Honestamente não entendo como é que gente desta qualidade medíocre tem espaço de escrita, e, penso, é paga por isso.

Anónimo disse...

o outro caiu da cadeira...
este caiu por causa das cadeiras...

Anónimo disse...

Pois EU, que não sou PS, até poderei dizer,e com muito gosto, que o PM está a governar bem! Eu, que não sou PS, orgulhar-me-ei que o meu País progrida e suba ao nível dos melhores países europeus!

Eu, que não sou PS, não tenho complexos de esquerda ao referir que o Sr. José Sócrates, e não o Primeiro-Ministro, enganou os Portugueses 2 vezes: uma, quando andou a fazer cadeiras à pressa e a obter favores do professores quanto às cadeiras que precisava que constassem no seu currículo para se intitular rapidamente Engº; e outra aquando da recente entrevista na qual pretendeu passar-nos, a TODOS, um atestado de demência!!

Não se trata do Político, para cujo desempenho não interessa nada o grau académico que se tenha, e muito menos o de engenheiro! Trata-se, isso sim, de um cidadão que não olhou a meios para atingir os seus fins, de um modo fácil e corrupto!!!

É isto que EU QUERO que se clarifique, que se chegue à verdade, porque o Sr. José Sócrates não é MAIS do que qualquer outro jovem que também quer subir na vida, mas que o deverá fazer com Honestidade!

Anónimo disse...

Exacto, Clara ...
Veja só :

- «Salazar, que é exigente no humor ("a conversa sem objecto, palavrosa, estirada, é defeito comum em Portugal, somos um povo de conversadores inúteis"), dá directrizes no sentido de as críticas que lhe dirigem não serem cortadas : "Prefiro que as façam a mim do que aos outros. Posso bem com eles. Aliás, a simpatia do público acaba, quase sempre, por voltar-se para as vítimas».

In, «As Máscaras de Salazar», Fernando Dacosta.

Tá a ver "la chose" ?
E todavia ...

Anónimo disse...

O Presidente «inclui» Sócrates, em Santarém, no Roteiro da Inclusão :

-"Não acredito que esteja aí o problema mais importante que tenhamos de resolver. (...) Não é concerteza o mais importante para o desenvolvimento do país», afirmou Cavaco Silva no intervalo da conferência, em Santarém, para fazer um primeiro balanço do seu Roteiro da Inclusão".