17.4.07

FALTA DE HORIZONTES

"... a sensação bem amarga de que jamais poderemos arrancar para níveis europeus, sobretudo agora, quando o alargamento da UE e os efeitos terríveis da globalização só podem dar-nos o sentimento de estarmos condenados a uma triste fatalidade. É verdade que a esperança só existe para os desesperados, mas mesmo assim não poderemos esperar grandes melhorias. Veja-se o caos do trânsito, o horror de passar horas para entrar e sair de Lisboa, onde nada está organizado. O país está deprimido não apenas por circunstâncias específicas, mas também por essa falta de horizontes a que se sente submetido."

Este excerto pertence ao "fio do horizonte" de Eduardo Prado Coelho que regressou às páginas do jornal Público. Saúda-se o homem e o escritor, mesmo quando se discorda dele, o que não é o caso desta epígrafe.

5 comentários:

Anónimo disse...

«Veja-se o caos do trânsito, o horror...».

EPC tem idade, experiência e sofrimento qb. para «se deixar» de metáforas. É o trânsito político, sistémico, de regime, que está um caos. O outro decorre. O nome dos bois s.f.f. ...

zlipax disse...

Humm... no caso do Prado Coelho, talvez não fosse metáfora, mas mesmo, literalmente, o trânsito. É que o senhor mede o mundo pelo seu umbigo, e se demora mais de meia hora a chegar a casa...

Aladdin Sane disse...

Um fadinho que vem tanto a calhar. O mal do país é o mal do trânsito de Lisboa. A obsessão pela Europa e pala sua "cauda".

(Bocejo)

Zé Luís disse...

É, depois do borrego com os espanhóis, o horizonte do 3º lugar é deprimente.
Mas a SAD encarnada já disse que o a estabilidade está garantida que nem é preciso ir à Liga dos Campeões.
Haja visão!

Aladdin Sane disse...

Caro mao morto:

Não quereria dizer "tão a calhar"?

_ I was here and nobody noticed _

:)