Mais ou menos como em certos países da América Latina, a pátria está suspensa da decisão governamental sobre um estabelecimento comercial que tem o estatuto de "universidade". Em escassos dias, toda a retórica sobre o alegado "reformismo", a extraordinária "determinação" e a nunca vista "coragem" deste governo esfumaram-se por causa de uns papéis que, num momento de feliz loquacidade de um dos "responsáveis", foram "para o maneta". Por causa do referido "maneta", os jornais - que até aí faziam parte do andor que tem transportado, em glória, o executivo - não mais perdoaram as "sms" e os telefonemas trocados com aquela intimidade própria do "consenso democrático". O que ontem era prova de amizade, de lealdade e, num português mais coloquial, de "consideração", passou a insulto e a "pressão". Houve até quem se gabasse de tratar o primeiro-ministro por "tu", o que dá imediatamente direito a reserva no Panteão Nacional. Há demasiada hipocrisia nisto tudo e o pior que podia acontecer ao governo e ao primeiro-ministro é que, a partir de hoje, tudo continuasse exactamente como estava. Se o governo nada teme, deve encerrar, sem mais, a "Independente". Na primeira fala sobre o assunto, o ministro da tutela dava mostras de quem o ia fazer no dia seguinte. Em apenas uma semana, hesitou e remeteu para o "maneta" as "responsabilidades". Depois do "maneta", virá a esponja? A ver vamos como dizia o cego.
5 comentários:
E, agora, quem não acabou os estudos tem aquele programa chamado Novas Oportunidades.
É só ir a www.novasoportunidades.gov.pt
... era vê-los no "Eixo do Mal" proclamando a autoria dos jornais em geral, e do "Público" em particular, no despoletar das interrogações acerca da questão da "engenheiria".
A mesma questão largamente exposta, comentada e debatida no blog «Do Portugal Profundo», a pelo menos um mês de distância dos OCS.
Chapeau !
Obviamente a esponja - a menos que estejam todos enganados,uma vez mais - isto é - foi tudo uma inventona produzida nos altos comandos para dar mais uma oportunidade a Sócrates para brilhar.Ai os piratas somos nós?
se o primeiro ministro não é boa rez, todos os srs jornalistas que o sr joão refere são ainda muito piores.
a imprensa devia ser uma garantia de liberdade e escrutinio do poder politico.
e para assim ser exige-se rigor e verdade aos jornalistas. com estes episódios começamos a compreender melhor como se fazem as noticias.
os srs jornalistas, com grande panache, defendem o estado de direito.
gostaria de saber de direito a quê.
Pois é, mas já muito antes de rebentar o escândalo da Univ. Independente que se falava da questão curricular de José Sócrates, o que não tem nada a ver com o facto de ser PM!
Este cidadão poderá ter aldrabado os cidadãos portugueses para chegar onde queria, como aqueles que por aí há muitos: NÃO OLHAR AOS MEIOS PARA ATINGIR AOS FINS"!!!
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