"Não sabemos se haverá ingenuidade em desejar moral na política e se não terá havido em qualquer nação governantes em que o carácter e a dignidade pessoal tenham julgado de seu dever entrar também na vida pública, regrando processos de administração. Não sabemos. O que sabemos é que a desordem e imoralidade políticas têm um efeito corrosivo na alma das nações. E o abastardamento do carácter nacional não pode deixar de influir no desenvolvimento e progresso de um povo, sob qualquer aspecto que o queiramos considerar".
Oliveira Salazar, O Ágio do Ouro, 1916 ("linkagens" da minha responsabilidade)
Oliveira Salazar, O Ágio do Ouro, 1916 ("linkagens" da minha responsabilidade)
11 comentários:
Só o retrato mete medo!
Retrato? Não é uma pintura de Hopper?
"mao morto said...
Retrato? Não é uma pintura de Hopper?
5:17 PM",
Se assim o diz, que assim seja feita a sua vontade, quando Edward Hopper veio a S. Bento, pintar o Botas....
Não existe moral nacional nem carácter nacional. Até porque se ela existe, exige-se que alguém a impõe coercivamente.
Se esse tipo de regime lhe interessa, é servido.
... mete medo aos corruptos e à republiqueta de alarves com subtítulo de reformistas.
Álvaro Garrido (Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra), O Estado Novo e a gestão multilateral das pescarias do bacalhau – Portugal na ICNAF (1948-1974) [p. 9, nota de rodapé]:
“Henrique Ernesto Serra dos Santos Tenreiro (1901-1994). Oficial da Armada, foi um destacado oligarca do sistema corporativo salazarista. Delegado do governo junto de todos os grémios das pescas, entre 1936 e 1974 foi o patrão político desse sector da “economia nacional”. Foi dirigente da milícia fascista Legião Portuguesa, deputado à Assembleia Nacional e procurador da Câmara Corporativa. Para um ensaio biográfico de H. Tenreiro, ver A. Garrido, “Henrique Tenreiro: patrão das pescas e guardião do Estado Novo”, Análise Social, nº 160, vol. XXXVI, Outono de 2001, pp. 839-862.”
As linkagens estão boas e recomendam-se
Hopper, a dos três vinténs.
(alguém que lhe explique, por favor...)
Há tempos, indo eu de táxi para o trabalho, o motorista, homem do povo humilde que não conhece os economistas coimbrões, desesperado pelos carteiristas democráticos lhe irem ao bolso todos os dias, concluiu assim o seu diálogo comigo: «sabe que mais: antigamente havia um Tenreiro e hoje temos cem tenrinhos!»
Mais uma vez palavras bonitas.
Quem define o "abastardamento do carácter nacional"?
Para isso poder ser feito é necessário haver informação a circular numa imprensa livre, o que não me parece possível com uma Censura à perna, não acha?
PS - o tom azul no seu artigo, significa que o submeteu, ao lápis azul da Comissão?
...1916...
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