5.12.06

A TROPA - 2


O Miguel Sousa Tavares também tem direito ao disparate. Na TVI, ao comentar os discursos de Cavaco Silva e do novo Chefe de Estado Maior General das Forças Armadas, comparou a sessão - por excessiva e despropositada - com o que se passa lá fora onde a entrada em funções da entidade correspondente passa despercebida. Até aqui muito bem. O pior é que assimilou o CEMGFA a um vulgar director-geral, explicando que estes não são empossados pelo Chefe do Estado. Sucede que este é comandante supremo das forças armadas e não o é dos directores-gerais. Por alguma razão será assim, ou não? Está na moda apoucar a função militar, coisa que vem de dentro - manifestações e afins - e de fora, esquecendo que os militares estão sujeitos a uma disciplina distinta da praticada numa empresa ou no próprio Estado. E, factor não dispiciendo, usam e manejam armas de fogo, desde a vulgar pistola ao carro de combate. Se se entender que é politicamente correcto acabar com a tropa, acabe-se. Não se ande é por aí a dar tiros de pólvora seca, venham eles de onde vierem. Ninguém, a médio prazo, ganhará com isso.

1 comentário:

Anónimo disse...

Alguns dos sinais distintivos dos militares eram a bravura, a coragem e a frontalidade, em todas as situações.
Ora, quando eles recorrem a manobras manhosas, perdem o nosso respeito.
Refiro-me à mascarada da manifestação que quiseram rotular de simples passeio, falsa inocência e esperteza saloia imprópria de homens de altos valores, gente que costumava dar a cara, pegar os toiros pelos cornos em vez de usarem "chocas" para atingirem os seus fins.
Caricato e patético, indigno de verdadeiros soldados.