Juro que não tenho nada de pessoal, tangível ou transmissível contra Frederico Lourenço, o tradutor-maravilha dos clássicos e autor de uma "trilogia" sobre gente mal fornicada que faz parte da mesinha de cabeceira de qualquer gay envergonhado que se preze. Acontece que, de quinze em quinze dias ou de mês a mês, nunca percebi bem, Lourenço abrilhanta uma página no suplemento "6ª" do DN, intitulada "arcadia", que é imperdível. Esta semana começa assim: "à subtileza da fragrância exalada pelas rosas debaixo da janela teria faltado outro universo de pujança para justificar comparações legítimas com os goivos de Charles Ryder". E acaba assim: "e debaixo da minha janela, as rosas, a que já aludi; as tais que o pendor literário do meu olhar metamorfoseia em goivos". Perante tamanha evanescência, valerá a pena ler o que está no meio? Ou, no limite, ler Frederico Lourenço?
6 comentários:
Caro João!
Se não se importar, substitua por favor, o link do "Sentidos Percebidos" (que já não existe), pelo "Avenida Sniper", o blog que lhe sucede.
http://avenidasniper.blogspot.com
Cumprimentos.
António Luís
Parabéns pelo Humor!
Só faltou dizer se prefere a fragância das rosas ou a pujança dos goivos... eu fico-me pelas rosas!
Pelo menos apetece reler "Reviver o Passado em Brideshead"
Há, de facto, em qualquer cd dos abba uma modernidade total. gosto do teu blog, já agora lê o meu: http://abba-modern.blogspot.com
..omde é que esse frederico aprendeu a escrever???????
Realmente, devia haver limites para a paneleirice literária...
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