6.12.06

MARIA SOCRÁTICA


Desde que foi criada legalmente a figura do "cônjuge do Presidente da República" - pelo dr. Sampaio para a sra. D. Ritta - e, mesmo antes disso, com a sra. D. Berta Lopes, a sra D. Gertrudes Tomás, a sra. dra. Manuela Eanes e a sra. dra. Maria Barroso, a figura da "primeira dama", um mimetismo imbecil do que sucede nos EUA, é qualquer coisa mais ou menos omnipresente na vida pública portuguesa. Uma vez que só é eleito o ou a Presidente, o respectivo cônjuge, apesar de meritório e respeitável apêndice, deveria restringir a sua presença a um mínimo político-social indispensável e não surgir ao lado do cônjuge-presidente a meter o bedelho em tudo. Quando muito, que aparecesse por si e pelas funções que desempenhava ou desempenha na sociedade. Ser "primeira-dama", que se saiba, não é uma profissão e não é um credo político sufragado. Por isso, a necessidade que Maria Cavaco Silva sentiu de vir dizer que é de "centro-esquerda", é perfeitamente esdrúxula. Ela tem uma biografia profissional amplamente estimável como professora e nunca, quando o marido foi chefe do PSD e primeiro-ministro, e que eu me lembre, a vi "definir-se" tão linearmente. Porquê agora? Já sabemos que em Belém existe um desvelo magnético - que é mútuo - pelo pretty boy de São Bento o qual se estende por longas faixas - algumas até são formas de vida inteligente - da "direita". O que Maria Cavaco Silva não precisava era de vir esclarecer que, se possível, ainda é mais "à esquerda" do que o pretty boy. Eles já estão rendidos, sra. dra. Nós, os "seus", é que não.

3 comentários:

Anónimo disse...

Ainda bem que nunca fui "dos dela".


badboy

Anónimo disse...

....e por que é que a Drª. Maria Cavaco Silva não pode exprimir, quando quer, o seu posicionamento político??? Ou tem dia marcado pelo Parlamento para se pronunciar??? Ora essa......

Anónimo disse...

acho que esta entrevista não foi inocente..