Enquanto estava na fila do supermercado à espera para pagar comida de cão e leite, reparei no acumulado de brinquedos junto às caixas. O que mais me chamou a atenção foi o que está ilustrado na foto acima, a "Carlota Cambalhota". Parece que a boneca, verdadeira réplica de tantas e de tantos portugueses, devidamente manobrada, surpreende a criança pela cambalhota que o brinquedo proporciona. Deste modo, vão-se preparando as meninas e os meninos - é capaz de existir um "cambalhota" - para tornearem, com sucesso, as dificuldades que os esperam no futuro, treinando-os na cambalhota. Fazendo minhas as palavras de Maria Velho da Costa no melhor livro escrito em português este ano - esse inesperado "romance epistolar" intitulado "O Livro do Meio" -, "não há como a proximidade dos grandes vígaros, convictos e zelosos, para te ensinar a detectar a pequena vigarice, o compromisso que gera a subida ao poder dos medíocres". "Eu dou mesmo cambalhotas", como diz a "Carlota Cambalhota", um verdadeiro futuro ícone nacional. Ela é que sabe.
5 comentários:
E não damos todos, todos os dias?
Já estou a ver antes do Natal, os 'lelos' nas feiras a vender pequenos galos de barcelos a cordas e a dar cambalhotas.
A ideia é tua (não minha).
Parabéns, Maria Velho da Costa.
Ainda esta noite dei cá uma cambalhota que ia caindo da cama, salvo seja.
À cambalhota é que a malta se entende!!!! experimenta e vês que mudas de opinião!
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