Enquanto o regime prepara mais um "pacto" inútil sobre a justiça, sob o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República, o Tribunal da Relação do Porto mandou para casa, com o aval da Segurança Social, o "jovem" que, no "caso Gisberta", tinha sido "violentado" com a "pena mais pesada" (não se riam) : 13 meses de internamento num "centro educativo", que é a designação que este regime, também ele de "brandos costumes", arranjou para os antigos reformatórios. É que entretanto expirou o prazo máximo da "medida cautelar" - repare-se na leveza do termo para não causar "traumas" às "crianças" - enquanto decorre o prazo para a decisão de um recurso interposto pela defesa. Nas palavras do advogado de defesa - este, sim, a cumprir a sua obrigação perante um Estado leviano, preconceituoso e medíocre- "como já se tratava de uma renovação da medida e a lei não admite segunda renovação, o menor foi libertado a 24 de Agosto". Pela calada do verão, acrescento eu. Mas a insanidade do regime não pára aqui. A Segurança Social, cuja qualidade das "avaliações" é conhecida em todo o mundo, decretou que o "jovem" podia perfeitamente regressar ao seio da família que, de acordo com os doutos técnicos, já apresenta "condições" de o receber. Pelos vistos, as Oficinas de São José - que já deviam estar encerradas e seladas -, não as têm (alguma vez tiveram?). No meio desta salganhada vergonhosa, quer para o Estado, quer para a magistratura, esquecemo-nos - eles esqueceram-se desde o primeiro instante - que havia uma pessoa no processo, torturada e finalmente assassinada por uma matilha criminosa a que, candida e hipocritamente, a lei e o sistema tratam como "jovens em perigo". Na notícia sobre o "pacto" na justiça - que nenhum borra-botas que se preze deixará de elogiar - pode ler-se que "foi dado como certa a aprovação conjunta de legislação que torne mais acessíveis os tribunais superiores, no sentido da sua maior democratização e de uma maior abertura aos cidadãos." É sempre no silêncio insensível dos gabinetes prenhes de gente cinzenta e sem mundo que se prepara a "aprovação conjunta de legislação" e, claro, sempre "no sentido da sua maior democratização e de uma maior abertura aos cidadãos"". Ao olhar para esta falsa sofisticação "democrática" e, depois, para a crua realidade, só resta uma conclusão: vão-se foder.
61 comentários:
A Justiça está uma vergonha
A politica um nojo.
O futebol uma desgraça
A cultura, sim com minuscula, está de rastos
A Educação uma miséria
Mas... não podemos falar disto tudo como pessoas educadas?
Não se "passe dos carretos" precisamos de si lucido...
De facto este país ainda é muito SALAZARENTO em certos aspectos. É lamentável.
Desculpem o vernáculo, mas que mais é possivel dizer-se?
dos pequenos vermes infantis;
da escola por onde passaram;
dos doutores, inteligentes, bem pagos 'juízes' da República, para não dizer «enegúmenos» dos 'tribunais'?
É para isto que serve a 'independência' da 'Justiça'?
Nada a ver com a época de Salazar, mas era um tempo em que havia alguma vergonha.
Perante o caso Gisberta, que mais concluir se não mandar os doutos intervenientes,
à p q os p?
Ou que se f...?
Nada a fazer.
Fiquemo-nos com as nossas rotinas, enquanto os impostos e os votos forem alimentando as cáfilas instaladas, com destaque para o «corpo de juízes», a par da «elite política».
Z
Havia outra hipótese:
Os blogs darem-se ao trabalho de identificar os doutos 'juízes' deste tipo de processos - nome, tribunal e morada.
Para nos permitirem enviar-lhes os nosso melhores cumprimentos pelo correio.
Tarefa talvez impossivel. Eles são tantos: Casa Pia, Apitocomboio/Gisberta...
Z
E estão a esquecer-se do tal «Tribunal do Norte» que deu razão à Liga de Clubes (!!!) para não ser obrigada a prestar uma caução de DEZASSETE MILHÕES DE EUROS por conta das dívidas ao Estado (do famigerado toto-negócio...)!
Motivo - muito simples: dessa forma a Liga, coitadinha, ficava sem "cheta" para organizar os Campeonatos!
Isto assim ainda um dia vai acabar com gente a espernear pendurada de árvores...
VÃO-SE FODER , só não chega , morram é capaz de ser mais eficaz
Há ainda outra hipótese e que é a que recomendo:
Perceber o caso concreto em todas as suas evidências e também subtilezas.
Para isso, importa perceber o modo de funcionamento dos "estabelecimentos" de crianças e jovens.
Importa perceber toda a lei de Protecção de Crianças e Jovens e toda a Lei Tutelar de Menores.
Depois, perceber a filosofia da nossa lei penal.
A seguir, ver o processo concreto e ler os pareceres técnicos da Segurança Social, da PJ, da CPCJ, dos psicólogos, dos medicos legistas e entender as conclusões do relatório de autópsia.
Talvez com estes elementos já possa mandar foder quem quer que seja.
Antes disso, só se fode a si mesmo- na sua reputaçáo, quero dizer...
Amen!
Acho que a "criancinha" vai ter direito a uma pensão vitalícia da Segurança Social.
Isto, claro, independentemente da indemnização que vai receber, à semelhança das "vítimas" da Casa Pia.
Foda-se!!!
O "José" que amavelmente se preocupa com a minha reputação, devia antes, como cidadão, preocupar-se com a forma como se administra a justiça em Portugal. Espero que nunca o atirem a um poço depois de o sovarem e que, claro está, ninguém o sove. Quanto à lei, não é de "menores", intitula-se muito retoricamente "Lei Tutelar Educativa". É bonito não é?
Ando desesperado à procura de uma situação qualquer que me coloque "em perigo de qualquer coisa".
Uma vez que não sou diplomata e não tenho imunidade, pode ser que assim adquira uma certa imunidade à quase inexistente justiça deste país.
Tenho dificuldade em acreditar nas penas!
Viva o Pacto, senhores, VI-VAAAA!!
Caro João Gonçalves:
Não conheço o caso concreto para além do que vem nos jornais.
Mas já escrevi por aí ( no blog Cum grano Salis) que me parecia, juntamente com o da Vanessa e da Joana ( do Algarve) um dos casos mais emblemáticos de toda a problemática do direito penal português e do modo como a Justiça não é compreendida pelos cidadãos em geral.
Estou certo, mesmo sem conhecer o processo que quem investigou, acusou e julgou fez o melhor que pode e sabia com os elementos que dispunham.
E não agiram de ânimo leve nem de modo a merecer que se lhes diga "que se fodam"!
E estou certo também que quem quer que seja que se dê ao trabalho de perder uma horas a conversar com quem conhece esses assuntos, fica a perceber porque é que escrevo isto.
Neste assunto, as aparências não são tudo. E convém não julgar pelas mesmas, porque isso é fazer o que se critica.
Só isso. Quanto à minha eventual preocupaçáo com a administração da justiça, fica comigo. Quem ler o que escrevo, verá que não é outra, embora seja o mais das vezes seja a tentar corrigir a perspectiva que me parece errada de quem escreve e não vê determinados ângulos.
É uma forma de tentar equilibrar uma balança demasiado pendente para um lado...e por isso, é uma preocupação com a verdadeira justiça que é dar a cada um aquilo que lhe pertence.
Nos blogs, é apenas uma tarefa de escrever a comentar opiniões.
Sem tentar foder ninguém...acredite mesmo que lhe custe.
Cumprimentos.
Temos direito à justicex e a salvar as "criancinhas".Ainda não estamos no Sudão.Agora com o Pacto vamos progredir!!!
João,
O josé da Grande Loja, na sua qualidade de magistrado, não gosta de receber ordens, nem que seja para se foder. Dai a pseudo preocupação com a sua reputação.
No mundo ideal do magistrado josé só pode opinar sobre decisões judiciais quem conhecer em detalhe todas a lei que ele enumera e, pasme-se, "a filosofia da lei penal".
E todas as decisões judiciais são inatacáveis porque tomadas por bondosos, competentes e preclaros juízes. Aliás, nem há outra categoria de juízes.
r
p.s. Peço desculpa porque uma consequência muito provável desta minha nota é a invasão da sua caixa de comentários pela inefável "Zazie eh eh eh" em defesa do seu josé. Mas veja isso como um dano colateral.
apenas tenho a dizer que não vejo justiça nenhuma neste país. só palhaços.palhaços ricos, claro.
Quem arranjou essas designações fantásticas não foram os magistrados, quem fixou a moldura penal não foram eles com certeza. Os moços aqui do tasco devem pegar num microfone e ir para a tvi foder alguém. Esses é que fazem 'justiça', todos os dias. O problema é um bocadinho mais sério, ó cabeças arrepeladas. Os deputados, os académicos, os assessores que fazem as leis padecem da mesmíssima doença que explica igualmente o 'insucesso' escolar, a supina ignorância jornalistico-bloguística, o cheiro a latrina que vem das tvs, a moral suburbana marxista-liberal...
A avaliar pelo número de "matilhas criminosas" que vão aparecendo por todo o lado, vão ter que se "encerrar e selar" muitas famílias por este país fora
Sr. João concordo plenamente com o seu ponto de vista. Junto a minha voz à sua: Vão-se foder!
vernáculo
do Lat. vernaculu
adj.,
nacional;
próprio do país ou região a que pertence;
fig.,
genuíno, correcto e puro, no falar e no escrever;
diz-se da linguagem isenta de barbarismos;
s. m.,
o idioma próprio do país;
a linguagem correcta e pura.
Caralhos ma fodam! Mas pode-se mandar foder? Isto é ainda melhor que o Fórum TSF! E a propósito, ó josé, “conhecer o processo” vai contra as regras do debate em Portugal, não sei se sabe. O amigo vá-se foder com essas merdinhas. Ganda joão! Daqui joão gonçalves de carrazeda de massamá. Eu queria dizer, dr. manuel acácio, que essa canalha devia era levar co cinto. São jovens em perigo, mas é o caralho! Têm cama, mesa e roupa lavada e querem mais?
cardoso
Lembram-se há uns anos em Inglaterra de uns putos (5 ou 6 anos) que mataram uma criancinha? Nunca mais viram a cor do sol até já serem crescidinhos. Apesar da idade os juizes entenderam que tinham consciência do que eles tinham feito e por isso mereciam uma punição forte de muitos anos de detenção...
E não houve grande constestação à decisão porque se tratava de uma vítima que era quase bébé. Como aqui era um transexual drogado e sidoso, coitadinhos dos miudos que fizeram uma brincadeira de mau gosto...
O José, segundo ele próprio o afirma, não conhece o processo.
O que não o impede de:
a) Comentar o processo, e sair em defesa dos seus colegas agentes da justiça;
b) Criticar os que comentam o processo sem conhecerem o processo (e, presumo eu, suprema heresia, sem serem juristas; sim, porque isto da justiça é só para especialistas, habituados durante anos ao remanso de um exercício profissional longe dos olhares da plebe).
Talvez na verdade o josé conheça o processo e os magistrados envolvidos.
Dulce
Atento,
Isso não tem interesse nenhum porque o menor não era homossexual ou transexual, factores que muito pesaram para a celebridade mediática do caso Gisberta.
"vão-se foder", apetecia-me também agora dizer...mas a minha indignação nem chega a tanto.
Vocês não conhecem o processo senão por aquilo que os jornais vos contam, não é assim?!
Acham que sabem o suficiente para emitir juízos que permitem mandar foder alguém? Acham mesmo?!
Eu não sei...e foi só isso que escrevi.
Quanto a conhecer as leis penais e as que se referem aos menores, e À filosodia inerente, é evidente que É PRECISO conhecer o mínimo dos mínimos.
Mas não é isso que vejo por aqui.
Aqui vejo opiniões tipo fórum do Manuel Acácio.
São válidas, no entanto, como todas, pelo simples facto de nos darem a perceber o atraso geral e o desconhecimento que reina por aí fora em quem tem um grau de instrução superior à média.
Eu também posso criticar a decisão de submeter a uma "institucionalização" ( reparem no eufemismo que nem é meu) de um dos menores de treze anos.
Posso concordar que seria preferível um regime mais duro para pequenos delinquentes.
Mas daí a criticar quem aplicou a LEI EXISTENTE, só porque se limitou a isso mesmo e outra coisa não poderia fazer, vai uma enorme distância!
E nem entro sequer na discussão dos aspectos do processo concreto e do que os técnicos aí disseram, incluindo os médicos legistas, os psicólogos, a polícia judiciária etc etc.
Fico espantado realmente, como pessoas que nada entendem destas leis que são democráticas; que não sabem o que está nos autos a não ser o que sobre eles escreveram as tânias laranjo e outros, opinam largamente e até mandam foder quem decidiu como decidiu ou pelo menos quem fez as leis que assim permitiram.
Fico realmente espantado.
" de um dos menores" por treze meses, queria dizer.
E aproveito para dizer mais:
Suponho que lá fora, na França e na Itália, não se escreve assim nos jornais.
Há outro cuidado em tentar perceber antes do mais, porque é que um tribunal colectivo aplica treze meses de "institucionalização" a um menor que terá participado em actos que conduziram à morte de uma pessoa.
A primeira reacção a uma "medida" tutelar desse género, é de indignação, evidentemente.
Mas...porque é que isso acontece?
Alguém explicou?
Não. Mandam-se foder que é muito mais fácil.
Ora bolas.
Quanto ao corajoso anónimo que escreveu o que segue, fico elucidade quanto ao nível de burriquice de algumas pessoas que julgam poder opinar sobre seja o que for prescindindo do saber mínimo.
É assim, no futebol, também. Basta conhecer as regras mínimas do jogo e..."fora o árbitro"!
Patético.
"João,
O josé da Grande Loja, na sua qualidade de magistrado, não gosta de receber ordens, nem que seja para se foder. Dai a pseudo preocupação com a sua reputação.
No mundo ideal do magistrado josé só pode opinar sobre decisões judiciais quem conhecer em detalhe todas a lei que ele enumera e, pasme-se, "a filosofia da lei penal". "
Os escritos recentes do josé nesta caixa de comentários explicam bem porque é que há tempos se noticiou, vindo de fontes da magistratura, que o magistrados são os mais assíduos clientes dos psiquiatras.
caro anónimo:
Não conheço nenhum magistrado que frequente psiquiatras e a fonte dessa informação, deveria esclarecer de onde lhe proveio o conhecimento, para que não se arranje mais um mito na sociedade portuguesa.
Aqui há uns anos diziam que eram os professores...
Sobre problemas mentais leves e que podem resolver-se com drogas indutoras de sono, há uma alternativa que me parece preferível:
a terapia da fala. Pelos vistos, não há muitos problemas desses, porque ainda ouço poucos a falar.
Os que a propósito deste caso poderiam e deveriam falar eram os magistrados da Relação do Porto que decidiram como decidiram.
Mas não o fazem. Porquê?
Tenho um palpite: ao ler artigos do género daqueles que o estimado João Gonçalves escreveu e que são mato nos jornais, devem pensar com os seus botões- "mas que posso dizer para explicar o que aparentemente não querem entender?"
Pois é exactamente a essa mudez que o anónimo josé se devia remeter em vez de tentar defender, de forma canhestra diga-se de passagem, o indefensável.
Pois falta-lhe dizer exactamente o que julga indefensável e aposto que nem o consegue...
Mas dizer "Fora o árbitro!",lá isso consegue.
Caro anónimo josé,
Já agora, porque não reconhecer, como já fez alguém no seu blogue, que os juízes erram, como toda a gente?
Já era um princípio.
(Embora o erro num juíz seja mais grave do que num vulgar cidadão, é certo)
Indefensável é o facto que deu origem ao post que estamos a comentar.
E, para usar um argumento que como regra não gosto de usar, mas que aqui me parece ser o único que talvez entenda, o josé também acharia indefensável se tivesse sido objecto da "curiosidade" das "crianças traumatizadas". Mesmo em acumulação com a sua função de magistrado.
O que sugiro com este exemplo é que em vez de se pôr do lado dos juízes (fácil porque já lá está), se ponha do lado da vitima. E ponha-se do lado da comunidade que vê serem restituidos à liberdade os autores do crime.
Mesmo que objectivamente assim pareça, não estou ao lado dos juízes ou dos magistrados ( era o que faltava!).
Estou apenas a tentar explicar que se escreve muito sobre estas coisas, com a emoção e se descura a razão que permitiria averiguar como é que se chegou a uma decisão que é escandalosa.
Até a mim me parece escandaloso que um puto que matou uma pessoa, seja apenas internado 13 meses!
O problema é que não sei se o "puto" matou mesmo; não sei como morreu exactamente a tal pessoa; não sei se a lei ( neste caso, sei), permite a pena de prisão para menores de 16 anos; não sei se nesses casos as leis tutelares prevêem bem as medidas a aplicar nesse tipo de crimes gravíssimos.
Não sei ainda como se efectuaram as investigações; não sei que pareceres deram os técnicos a propósito do tal "puto"; não sei qual a medida d tutelar adequada à personalidade do mesmo e nem sei qual a medida da culpa do mesmo.
Pelos vistos, aqui as pessoas que me vituperam sabem isto tudo...
E por outro lado, não desconfio automaticamente das competências e capacidade dos magistrados que decidiram como decidiram.
É por isso que defendo que deveriam falar. Mas não falam. Deixam que outros falem por si, e os invectivem e até os mandem foder.
É duro.
Pois, josé é vida é dura.
Mas agrada-me ver o seu discurso a mudar ao longo desta troca de impressões.
Quanto ao título do post vejo-o como um recurso, digamos ... literário, para exprimir indignação. Não me parece que seja, por isso, criticável.
Não mudo de discurso, porque é sempre o mesmo, aliás.
Normalmente em contra-corrente daquilo que vejo escrito e que por isso me suscita a escrita.
No caso do postal, a crítica maior, reconheço, é à Lei Tutelar de Menores e a Lei de Protecção de Ciranças e Jovens.
Sabem quem aprovou tal lei e qual a filosofia inerente ( e será preciso percebê-la para a criticar devidamente)?
A LTE é a Lei 166/99 de 14 de Setembro.
Tem as assinaturas de António Almeida Santos, pelo Parlamento; Jorge Samapaio, como PR e António Guteterres como PM; cujo governo aliás a preparou.
Qual a filosofia básica inerente à mesma?
"Não há rapazes maus", podia ser o mote já enunciado pelo P.e Américo, percursor destas instituições.
Que mais posso dizer?
Que os juízes dos tribunais não podem escrever que às vezes há mesmo rapazes maus e contrariar o que a lei estabelece?
Por outro lado, a lei tutelar procurou aproximar essa legislação específica para menores dos 12 aos 16 anos, à lei geral, no que concerne a alguns direitos e garantias de "arguidos" menores, por exmplo concedendo aos mesmos o direito a serem defendidos por advogado e a serem ouvidos.
Dantes, não era assim.
Quanto ao título do post, pareceu-me também unm exercício estilístico, mas exercício por exercício sempre poderia escrever-se:
Serei um tanso, ao acreditar em tudo os que os jornais escrevem?
Eu sei que não muda. Era uma pequena ironia.
Mas eu também não mudo.
Só que eu não defendo nenhuma corporação.
« não sei como morreu ...não sei se a lei ... não sei se nesses casos as leis ...Não sei ainda como se efectuaram as investigações; não sei que pareceres deram os técnicos ... não sei qual a medida d tutelar adequada ... nem sei qual a medida da culpa do mesmo.», José, 2:58 PM
Afinal o José também não sabe.
Mas sabe defender os decisores judiciários.
O José não sabe (ele prório o reconheceu por 8 vezes no comentário das 2:58 PM). Os outros que segundo ele também não sabem, e cujas opiniões ele critica precisamente por não saberem, são por ele apelidados de ignorantes.
Ou seja:
- o José, apesar de ser jurista, pode não saber (e isso não o impede de dar opinião nem o transforma num ignorante);
- os outros que tal com o José não sabem são uns ignorantes, e, suprema heresia, falam e escrevem sem saber das leis (a coisa mais fundamental que há para poder ter uma opinião).
Grande argumentação, esta última!
Como não sei, dei a opinião de que quem não sabe, arrisca muito em dar opinião.
Mas...para quem leu, perguntei se sabem o que eu não sei.
Ninguém me respondeu...
Como não sei, elenquei o que era preciso saber, para dar uma opinião avalizada.
E por isso mesmo critiquei quem dá opinião, com base naquilo que aparentemente não sabe.
Se isso é defender os decisores judiciários...também não sei, mas se calhar é.
C
« Grande argumentação, esta última!», José, 5:46 PM
Se tiver algum argumento talvez lhe possa então responder.
Caso contrário esta sua frase equivale a um simples: "Fora o árbitro !"
« E por isso mesmo critiquei quem dá opinião, com base naquilo que aparentemente não sabe.», José, 5:46 PM
Mas o José, sem saber, não se inibe de dar uma opinião, e de defender os decisores judiciários que, segundo o José, se terão limitado a fazer o seu melhor e a aplicar as leis vigentes.
« Estou certo, mesmo sem conhecer o processo que quem investigou, acusou e julgou fez o melhor que pode e sabia com os elementos que dispunham.», José, 12:01 AM
«Mas daí a criticar quem aplicou a LEI EXISTENTE, só porque se limitou a isso mesmo e outra coisa não poderia fazer, vai uma enorme distância!», José, 1:07 PM
« Mesmo que objectivamente assim pareça, não estou ao lado dos juízes ou dos magistrados ( era o que faltava!).», José, 2:58 PM
Um postal verdadeiramente infeliz este o de João Alves, bem ao estilo do editorial com que no Público fomos brindados por Amílcar Correia.
Não há muito mais a acrescentar ao que o José, com meridiana clareza, vem tentando explicar. Mas os piores cegos são aqueles que não querem ver... ou entender.
É óbvio que quem não conhece do caso senão aquilo que foi sendo soprado à comunicação social não deixará de ficar espantado com o que aqui e ali se vai sabendo deste caso.
Todavia, ainda parece que num Estado de Direito: 1) os arguidos se presumem inocentes; 2) que os factos que podem fundamentar a aplicação de uma sanção privativa da liberdade são aqueles de que o juiz, no exercício legítimo da sua livre apreciação (que não se confunde com arbitrariedade), se convence e não aqueles que os jornais relatam que foram; 3) que cada um só deve responder pelos seus concretos e efectivos actos e no limite da sua culpa e não em função da sanha ou indignação persecutória dos seus concidadãos; 4) e que a responsabilidade é intransmissível. Há mais uns quantos importantes princípios, mas que, como aqueles, pelos vistos só servem quando nos toca a nós ou aos nossos, mas já não quando toca aos "outros".
João Alves parece ignorar que o menor não foi absolvido. Foi tão-só libertado antes de haver uma decisão condenatória definitiva sobre a acusação que sobre ele paira. Daí que não venha a despropósito a tal presunção de inocência.
Sobre a lei tutelar educativa, sempre João Alves poderá aprender um pouco vogando o mar salgado.
Por estas e por outras é que, depois de ler o post de João Alves, apetece devolver-lhe o recado.
No meu post, onde se lê João Alves, leia-se João Gonçalves. Ao autor do post "vão-se foder", as minhas desculpas pelo lapso
"quem investigou, acusou e julgou fez o melhor que pode e sabia com os elementos que dispunham.», José, 12:01 AM
"Mas daí a criticar quem aplicou a LEI EXISTENTE, vai uma enorme distância!», José, 1:07 PM
"não estou ao lado dos juízes ou dos magistrados ( era o que faltava!).», José, 2:58 PM
Anónimo:
Até eu consigo manipular o que escrevo para lhe dar um sentido diverso...por isso, pode limpar as mãos à parede.
« Até eu consigo manipular o que escrevo ...», José, 12:02 AM
Repare que está a referir-se a simples citações daquilo que escreveu nos últimos dias.
Mudou de ideias ? Já não se revê no que escreveu ? Ficou irritado por ver expostos os seus preconceitos e/ou as suas contradições ?
Querem saber quem é o josé da Grande Loja, leiam o seu post e comentários "GLU GLU" na GLQL.
interessante ver um magistrado (o ilustre porém anónimo josé) a vituperar os jornalistas que escrevem sobre 'o que lhes foi soprado' e os que, lendo o que os jornalistas escrevem a partir do que 'lhes foi soprado', formam opinião sobre o caso, lamentando a falta de informação geral de que ele, confessa, também padece, sem uma única vez se lembrar de questionar o facto de ter sido uma decisão judicial, do mesmíssimo tribunal que julgou, a decidir que tudo -- a prova e os fundamentos da decisão -- ficaria no segredo dos deuses da justiça.
quando veremos os ilustres magistrados, do ministério público, como o josé, ou da cadeira do julgador, como o juiz que presidiu ao caso no tribunal de menores, clamar por uma justiça mais transparente e um sistema menos defensivo, em que não suceda, como ainda hoje tantas vezes sucede, que nem o nome do juiz que julga um processo se consegue saber na secretaria do tribunal, 'porque o sr dr juiz é que pode dizer isso"?
quanto à ideia de que não podemos julgar a decisão porque, primeiro, não conhecemos os seus fundamentos (porque o juiz não quis) e, depois, porque o juiz é decerto pessoa de bem e portanto se decidiu como decidiu foi porque tinha motivos para isso, é de truz. a jurisprudência está cheia de decisões judiciais vergonhosas, preconceituosas e grosseiramente erradas (assim consideradas, muitas vezes, por tribunais superiores). sendo magistrado, o sr josé não precisa certamente que eu lhe explique isto, mas se quiser exemplos estarei à sua disposição, na minha humilde qualidade de jornalista.
ai, vejo agora, o josé gosta muito dele, de si mesmo, como nós todos, em geral; mas ele gosta tanto, tanto, é diferente, que se atirado a um poço, displicentemente, depois de massacrado, se fosse por umas crianças ou bêbados ou assim, uns maluquinhos, tanto se lhe dava e não se fodia, se tal o permitisse a interpretação da lei
e quem também não se queixa é Gilberta, que lá está já bem arrumadinha, sem sentir mais nada, amém
mas as crianças precisam de ser amparadas, coitadas, habituadas à missa inocente, cada dia, em S. José
pois o mal está aí, na hipocrisia de tais josés desta sociedade de juíses e padres advindos da hipocrisia dessas instituições
Cara/o f., jornalista anónima/o:
Todas as decisões judiciais podem ser criticadas por quem delas discorda.
Porém, para criticar com jeito, é preciso saber o mínimo acerca do assunto que se está a escrever.
Pelo que tenho visto, na maioria das vezes, os jornalistas prescindem disso. Acham que pela rama se chega lá...e nem se dão ao trabalho de entender quem criticam.
Pela minha parte dou um desconto a esses jornalistas: precisam de ser melhores profissionais.
Ainda os há por aí: Aurélio Cunha, por exemplo.
o facto de o sr josé ser anónimo e não querer deixar de o ser dificilmente explica que chame anónimo a quem claramente o não é. que o faça no mesmo fôlego em que diz que 'é preciso saber o mínimo acerca do assunto que se está a escrever', além de evidenciar um uso deficiente do português, é ironia involuntária que baste para frisar a má fé -- coisa aliás muito pouco supreendente no caso, pelo que se tem visto. experimente clicar sobre o f., sr josé, e ler o cabeçalho do blogue onde for assim parar. quando o seu nome vier assim, com todas as letras, lá na sua loja, talvez esteja em condições de dar descontos.
Mas pelos vistos, como a f. não é assim tão anónima quanto isso, permito-me colocar uma questão ou duas:
1. Que é que tem a ver o facto de eventualmente exercer uma determinada profissão, com a circunstância de escrever aqui?
É que me estou realmente nas tintas para a sua profissão de jornalista, quando escreve num blog, como aqui o faz - e sei muito bem distinguir as escritas.
Porque é que não tenta fazer o mesmo? Ou acha que o que escrevi aqui, é a mesma coisa que despachar num processo ou decidir uma causa, ou promover uma medida tutelar educativa?
Aqui, trata-se tão somente de dar uma opinião sobre um caso que não me diz respeito senão enquanto cidadão. E uma opinião vale o que vale. Se for fundamentada tanto melhor.
"A f. escreveu: "sem uma única vez se lembrar de questionar o facto de ter sido uma decisão judicial, do mesmíssimo tribunal que julgou, a decidir que tudo -- a prova e os fundamentos da decisão -- ficaria no segredo dos deuses da justiça".
Uma decisão final do tribunal de Família e Menores, foi sujeita assim a secretismos?
Explique-me que não entendo bem, tanto mais que não há segredo de justiça e a reserva destes processos, quando muito justificam-se pelos mesmos motivos da reserva no processo Casa Pia, ou seja, por dizerem respeito a menores.
Mas ainda assim, fico sem perceber.
Porém, se foi esse o caso, então, mais uma razão haverá para se dizer que alguns jornalistas escreveram sem saber exactamente do que falavam...
O problema principal dos jornalistas, cara Fernanda Câncio, quanto a mim, é que não estavam habituados a que alguém os questionasse directamente e em relação àquilo que escrevem.
Porém, o que escrevem tem impacto relevante na opinião públicam nas não estão nada habituados ao contraditório.
Por outro lado, ler um jornalista enfeudado a um partido ou corrente ideológica bem precisa, é um handycap para um profissional que deve prezar a isenção e a objectividade.
Parece-me por isso um contra-senso.
handicap será melhor. Contrasenso também se usa, mas em brasileiro.
Quanto ao resto da ortografia, vejo que é purista. Ainda bem, gosto do rigor nos termos.
Em todos os termos, claro.
Mas eu vou dar-lhe aqui uma razão de peso para escrever em anonimato relativo:
Uma das razões está exactamente em que não me possam confundir com aquilo que faço. Mesmo assim, alguns dos seus amigos, querem mesmo confundir e até fazem queixas crimes por isso mesmo.
Chega-lhe?!
Isto depois de 32 anos de democracia pós 25 de Abril, é vergonhoso.
o josé que me desculpe mas só agora reparei que esteve para aqui muito entretido a falar comigo. tentarei então, para o não deixar a falar sozinho, dar-lhe algum troco (não confundir com descontos).
assim, josé, eu não sou 'tão anónima quanto isso", não -- sendo que não faço ideia ao isso a que se refere nem que graus de anonimato tem em mente no 'tão', já que sou completamente não anónima na medida em que o meu nome vem muito bem identificado no blogue glória fácil e fernandas câncios, ao contrário de simplesmente josés, não há para aí aos pontapés.
quanto ao ter invocado a minha profissão, é claro para quem quer que leia o comentário por que o fiz -- porque estava a comentar o que o josé disse sobre a cobertura jornalística do caso gisberta.
quanto ao resto, espero que o josé ao menos saiba que o julgamento dos menores decorreu, não só à porta fechada (o que se percebia para protecção da identidade dos ditos) mas em em total segredo, o que implicou que se conhecesse apenas o acórdão (ou, como diz o josé, a decisão final) e aquilo que nele se dá como provado -- o que, convirá o josé (ou não?) não é exactamente a mesma coisa que saber o que foi provado e como.
com certeza, josé, que os jornalistas não estão habituados ao contraditório -- tem toda a razão, é bom que se habituem, como de resto os actores judiciários, cujas peças de escrita têm não apenas impacto relevante na opinião pública como directamente na vida e até na liberdade das pessoas e na ideia que estas têm do sistema judicial.
quanto a contrasensos, ou contra-sensos, e handicaps, parece que estamos conversados: o josé quer dar opinião sobre tudo e mais alguma coisa sem ter de dar a cara ou ser chamado à pedra por isso, e ainda invoca o 25 de Abril e a democracia mais a vergonha dos outros e o facto de haver 'uns amigos meus' (já agora, quem serão, se eu nem a si conheço?) que lhe querem pôr processos. se fosse a si, não me preocupava, com uns juízes tão bem formados, tão pessoas de bem e tão justos, que tem a temer?
Cara f.:
Já expliquei uma das razões pelas quais não escrevo com o nome todo.
Mas afinal, parece que isso não constitui óbice de maior para que possamos trocar impressões e opiniões...pois sempre afirmei que estas devem valer pelo seu valor facial e não pelo valor inflacionado através de um nome qualquer.
Por outro lado, se a opinião deve ser de expressão livre, então não vejo onde estará o problema do anonimato relativo.
Quando aqui lê algo escrito pelo "josé", já sabe que não é exactamente um anónimo qualquer, porque tem referências: sabe de onde vem a escrita; o poiso habitual e até pode saber certas idiossincrasias se ceder à curiosidade de procurar saber quem é a pessoa atrás de um nome próprio em modo de pseudónimo.
O que não gosto muito de ler naquilo que escreve por aqui ( por ali, não costumo ler, confesso, mas não tenho preconceito) é por exemplo quando diz que escrevo "de má-fé".
O que significa isso de "má-fé"?
Poderá explicar-me, para ver se há alguma hipótese de continuação de conversa?
É que, por mim, o que me parece é existir um grau de (in)comunicabilidade entre certas pessoas e que a escrita torna ainda mais difícil.
Talvez a "má-fé" advenha desse simples fenómeno e como eu ainda continuo a acreditar na bondade intrínseca das pessoas ( o que me aproxima da esquerda clássica), espero poder confirmar esta tese empírica e através deste método abdutivo chegar a uma conclusão de harmonia.
lá dizia o padre américo que não há rapazes maus (nem os que mataram a gisberta, quanto mais). o josé, parece, quer ajudá-lo a provar o ponto. e até, garante, chegar à harmonia. estou, como não admiti-lo, comovida (o pacheco pereira e as respectivas leis da blogosfera de novo confirmados). bom dia para si também.
O único mérito da Democracia, neste país, é permitir-nos falar assim, livremente... por enquanto.
José, concordo consigo no que toca a imputar responsabilidades a que quem legisla, mais do que a quem executa. Mas considerando que o corpo de magistrados deverá ter profunda consciência das ideossincrasias das leis, porque não o denunciam claramente?
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