13.9.06

CADA MACACO EM SEU GALHO

É da natureza da democracia ser conflitual, não amolecer as diferenças e ter sempre uma porta ou uma janela alternativa aberta. Os "pactos" indiferenciam e misturam o que não é misturável "a bem da nação". Só que a nação não se "salva" por o regime "virar" pactício. Uma "união nacional" em democracia não deixa, nem por isso, de ser uma "união nacional". "Infantiliza" o regime em vez de o amadurecer. Ninguém vota em partidos ou em pessoas para se diluírem uns nos outros. O governo do engº Sócrates tem uma proposta "ideológica" para a segurança social que, bem ou mal, foi sufragada nas urnas. O dr. Marques Mendes tem outra e o dever de contestar a do governo. Não são dissolvíveis uma na outra apenas porque são dois tipos porreiros e preocupados com o "futuro". E Cavaco não tem de ter nenhuma e, sobretudo, não deve tentar transformar o líder da oposição no bonzo de serviço, anulando-o. Cada macaco em seu galho. Para conversa da treta, já basta a justiça.

4 comentários:

Barão da Tróia II disse...

Excelente post, certeiro.

Anónimo disse...

Concordo, João... Lê se puderes o post que coloquei em http://altermundo.blogs.sapo.pt/23046.html sobre isto.

Anónimo disse...

O q este processo prova, à evidência,
são as limitações da AR, dos deputados que por lá andam.
Não fosse a iniciativa do ministério/governo, que iniciativas dali se podem esperar?
Z

AM disse...

Como é que era mesmo?
"Duas pessoas com a mesma informação..."