1.12.09

RESTAURAR O QUÊ?



Numa das últimas entrevistas, Mário Cesariny referia-se assim a este corpo esquisito que hoje celebra a sua "restauração": «Que é que somos? Atlantes? Não sei. Sei que não temos jeito para sermos uma nação. Veja-se a tragédia das mortes nas estradas. Não se pode assacar só à falta de educação. O que se passa nas estradas portuguesas é o "que se foda"! Uma espécie de heroísmo suicida.» De facto. Desde a razia de Alcácer Quibir que praticamente não sabemos o que é uma elite. Estes últimos anos demonstram que, no lugar da"Pátria", está um ajuntamento de gnomos sem grande imaginação nem talento e que dá forma àquilo a que venho a apelidar de "Portugal dos Pequeninos". Safa-se a música do Keil porque o poema do socialista Lopes de Mendonça é o equivalente ao deslumbramento actual com coisas como computadores ou tratados que putativamente nos revelam um estranho "esplendor de Portugal" que há muito deixou de existir. Uma coisa pavorosa. Nem "às armas" do Mendonça podemos sequer apelar.

3 comentários:

radical livre disse...

a stultifera navis denominada rectângulo

está cheia de assaltantes de estrada (insidiatores viarum),
local onde os pobres não têm amigos.

verdadeiro fornicatio dos contribuintes

parafraseando Hobbes
o socialismo é o lobo dos homens

Portugal necssita urgente e profunda restauração

José Carlos Silva disse...

Neste país onde tudo acontece, até cimeiras temos que gramar. Podemos ser um país endividado, mas vaidade não nos falta! Lá nisso somos bons actores! O mais grave é que esta ci(u)meiras não vai dar em coisa alguma! O que mais me marcou foi o episódio das Micas europeias a andarem a passear à grande e à francesa. Foi tudo muito engraçado! Só faltou o José Castelo Branco para preencher o papel de guia às Damas das Camélias. Comédia mais saloia nunca se viu!

M Isabel G disse...

V"eja-se a tragédia das mortes nas estradas. Não se pode assacar só à falta de educação. O que se passa nas estradas portuguesas é o "que se foda"! Uma espécie de heroísmo suicida.»"

Bem visto, João