18.12.09

«FEITOS PALHAÇOS»

Sem crescermos mais depressa não recuperamos o que perdemos, pelo que, quando chegarmos ao fim de 2011, estaremos 1,6 por cento menos ricos do que no final de 2007. Um desastre. Neste quadro, não há milagres. Sem criação de riqueza - o nosso principal problema há mais de dez anos -, não há riqueza para distribuir. Sem riqueza para distribuir, quem quiser ganhar eleições terá de continuar a ir buscar lá fora, cada vez mais caro, o dinheiro para ratear entre uma população que começa a ficar desesperada. Quem, em contrapartida, quiser seguir uma política capaz de evitar o colapso grego corre o risco provocar a fúria geral. Sócrates, em minoria, não o fará, e com Sócrates ninguém se juntará ao PS no Governo. Logo... É elevadíssima a probabilidade de tudo acabar muito mal, pois nenhum político fala, e muito menos actua, de acordo com estas verdades elementares. E se Sócrates é cada vez mais parte do problema, o Presidente, que vai entrar não tarda em campanha para a reeleição, não está a ser solução. Já a oposição parece deliciada com a agonia. Vivemos, a par com a crise económica, em ambiente de fim de regime. Cantando e rindo, feitos palhaços.

José Manuel Fernandes, Público

7 comentários:

Anónimo disse...

O JMF no mesmo tom de MC na liderança da revolta contra o palhaço. E hoje era dia da MMG... que falta que ela faz!

Anónimo disse...

Nem cantando e nem rindo, feitos palhaços tristes.

Merkwürdigliebe disse...

Hehehehe.

Anónimo disse...

"Uma população que começa a ficar desesperada." Começa? Mas já oiço isto há tantos anos:):;):)
E se nós, palhaços, nos deliciarmos com o colapso grego? Acabamos? Morremos? Ficamos sem Patria? Expliquem lá o que se passará. De que é que têm medo?

Anónimo disse...

Parece que não é só o Mário Crespo.
Parece que pese embora as necessidades da imprensa os jornalistas que se prezam, têm necessidade de começar a sério a dizer a verdade, pese embora possam vir a sofrer represálias.
Parece que vai haver mais despedimentos nesta área, mas para mim é pronuncio de que alguns portugueses estão a acordar.
Será que chegam? Mas não se preocupem muito, pois a culpa é da incompetência, e os nossos governantes não são mais incompetentes que os outros.
No dia em que estiver mesmo tudo a cair, mudam-se as moedas. pôe-se as máquinas a fazer notas, despede-se o Camilo Lourenço e os gajos da Moodi's, desliga-se a televisão e crise acaba num instante porque já serviu para mandar abaixo mais uns adversários, e já criou o número de escravos necessários para manter as democracias mundiais.

È bolo e queima

Anónimo disse...

Ah grande Zé Manel! Agora é que te chegou a thuza.

Anónimo disse...

A Babá, qualquer dia destes, corre de vez com este... E com a Helena Matos e o Pacheco Pereira. Estes articulistas não têm nada a ver com o "novo" Público.

PC