A discussão em torno do aquecimento global está a atingir patamares de puro delírio. Uma questão científica tornou-se, nos nossos dias, uma matéria de fé e vemos gente muito capaz a alinhar numa das barricadas sem ter qualquer tipo de competência ou conhecimento na área. Vai daqui uma novidade fresquinha, como todas são, para os meus amigos: a ciência ainda não é democrática.
E o pior de tudo é que este tipo de posição (a de ignorância opinativa, leitor) é muito comum de parte a parte. Numa fase em que nem a comunidade científica tem certezas, em que se começa a questionar a atribuição do Nobel a Al Gore, tivemos um conjunto de jornais, todos muito preocupados, a partilhar um editorial todo pimpão, tivemos a realeza britânica a fazer anúncios de TV e temos um conjunto de pessoas que já decidiram que isto é tudo uma intrujice e não se fala mais nisso. Regra geral, todos julgam que já tudo está explicado e que a solução é mais que óbvia. Mais outra novidade fresquinha para os meus amigos: não está e não é.
8 comentários:
alguém escreveu
"cartas sobre os cegos, para uso dos que podem ver"
quando a esquerda se apropria de temas científicos não há nada a fazer
é uma espécie de
sancho pança de la mancha
Claro que a comunidade científica não tem certezas. Antes das «certezas» da tectónica de placas, por exemplo, já havia sismos.
Se estamos à espera das certezas da comunidade científica estamos tramados. E que tal irmos olhando para os sinais e pôr o bom senso a funcionar? Talvez não fosse má ideia.
Pois bem, tu tens 18 anos e ainda não verificaste qualquer mudança. Eu, infelizmente, noto-as e bem. Há 160 anos que andamos a despejar todo o tipo de fumarada para a atmosfera. Parece-te que isso não tem qualquer consequência? Tem.
Se os ambientalistas estiverem errados - não me parece que estejam, embora haja gente a exagerar, pedindo muito, para obter algo -, nada temos a perder. Virão melhores carros, menos ruído, menos abate de florestas, melhor gestão da água, solo e ar. Se estiverem certos, então é urgente fazer algo agora. Entrar no simples esquema do negócio, trocas de emissões por dinheiro, é que não nos conduz a nada de bom.
Sobre esta questão do aquecimento global e do escandalo Climategate, que tem estado a afectar a credibilidade dos estudos cientificos, ou pseudo cientificos, que têm sido divulgados em apoio da teoria do aquecimento global, o melhor artigo que li até à data foi este
http://www.americanthinker.com/2009/12/understanding_climategates_hid.html
http://comments.americanthinker.com/read/42323/493801.html
Procuro respeitar todas as comunidades enquanto não começo a desconfiar que estou a ser enganado.
Talvez por alguma deficiência genética, não abraço, de imediato, toda a ideia nova que vai surgindo. Costumo esperar para ver os primeiros resultados que tal ideia produz.
Embora arrostando com a crítica dos meus próximos tenho conseguido bons resultados com a minha actuação.
Não me deslumbrei com a propaganda hitleriana e acertei; não me deixei levar pela conversa falaciosa da merda do socialismo (comunismo)e hoje sinto-me de consciência tranquila por não ter apoiado os asassinos de mais de 100 milhões de seres humanos.
Numa ocasião em que um médico estava a fazer tratamento numa das mãos da minha mulher por causa de um problema de reumatismo, perguntei-lhe: é verdade que o nosso corpo assinala as mudanças de tempo? Respondeu: Não está cientificamente provado.
Pois é, a ciência não prova mas eu e muitos como eu sentimos o sinal. E não é verdade que certos irracionais sentem as mudança no tempo? Respeito muito os homens da ciência, mas há momentos que só há uma resposta para eles:vão-se encher de moscas.
Estudando o ciclo do carbono e atentando na "coincidência" do uso desenfreado dos diversos carbonos, que estavam muito sossegadinhos no interior da terra, corresponder a perturbações climáticas desreguladas do que se conhecia, vem-nos à ideia que, ou o começamos a recapturar, como os noroegueses já fazem, por exemplo, ou isto desequilibra-se definitivamente. Face ao que se conhece só os desatentos, ou mal intensiomados, podem dizer que não se trata de um fenómeno antropogénico.
O Anónimo das 18:07 também faz part edaqueles que lançam fatwas sobre aqueles que ousam expressar dúvidas sobre aqueles que dizem que já está tudo provado («Science is settled», como diz Al Gore).
E, se a questão de saber se há ou não aquecimento global e, em caso afirmativo, qual é causa determinante, é matéria do foro científico, não deixa de ser um facto que as consequências da "verdade" científica são políticas. Logo, estamos a falar de um problema político e, nessa medida, "democrático" por a todos afectar.
Eduardo F.,
A análise do fenómeno é científica. O aquecimento global não é o ídolos, não é uma questão de agrado ou desagrado. Ou há ou não há.
Agora, o que as nações farão para remediar o problema, caso o haja, será, isso sim, matéria a discutir.
Lá porque o problema político (o que fazer caso haja aquecimento) é 'democrático', não significa que tudo o que o preceda também o seja.
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