18.7.08

MORDEDURAS


«Não tenho dúvidas de que éramos mais representativos, intelectualmente mais sólidos, culturalmente mais bem preparados, politicamente mais experientes, ideologicamente mais esclarecidos, mais carismáticos e melhores comunicadores.» Este plural majestático pertence a Luís Filipe Menezes. Chega e sobra para o definir. Enquanto liderou o PSD, Menezes foi um belo "aliado" de Sócrates. Pelos vistos continua a ser. Do seu consulado, apenas se safou o desempenho parlamentar de Pedro Santana Lopes. Menezes não tem nenhum dever especial de solidariedade para com os que o substituíram, mas, imagino, deve ter algum com o partido que o mantém em Gaia. Estes elevados militantes dos partidos "democráticos" - quase todos - são parecidos com os cães. Possuem as qualidades do animal salvo a lealdade. Sócrates agradece este ano de mordeduras. E segue.

14 comentários:

Carlos Medina Ribeiro disse...

Continua a ser um fenómeno muito interessante a total incapacidade que demonstra a maioria das figuras públicas para "se verem de fora".

Embora sem responderem à questão, os brasileiros definem o fenómeno em 3 palavras:

«Não-se-enxergam»

Anónimo disse...

na miserável aldeia alentejana onde nasci dizia-se que só a merda precisa de elogio.
estes e outros privilegiados arrecadaram toda a inteligência e sabedoria. para um zé ninguém como eu são lixo humano
PQP

radical livre

Anónimo disse...

Uma desilusão. Quando podia mostrar tanta qualidade falhou redondamente. Faz lembrar um pouco outro Luís Filipe (mais um Silva português). São bons artistas mas só quando os tiram do palco. Na bancada tornam-se excelentes e querem-se fazer notados, qual miúda que salta para o relvado sem o mínimo de equipamento. É isto que vamos tendo.

Anónimo disse...

Aqueles azulejos não combinam nada com a camisa...

Anónimo disse...

Uma boa amostra.
Em como foi bem dispensado.
A nacinal tagarelice no seu melhor.
Razão, parece-me ter a velha senhora,
para fazer por falar pouco.
Já basta de verborreia.
Bravo

Anónimo disse...

Dêem um safanão neste homem
porque ele ainda não se apercebeu
da "barraca que anda a dar" nos
meios politícos e não só. Agora
diz uma coisa daqui a bocado vem
dizer outra. Já se esqueceu o
mal que causou M Mendes.
Acordem o homem...

Fernando Vasconcelos disse...

Eu concordo que ele fez mal. Mas não fizeram exactamente o mesmo com ele? Demonstrou não ser bom cristão. Não deu a outra face ... temos pena. Ou talvez não.

joshua disse...

A política lisboeta, feita em Lisboa por lisboetas ou alisboetados, todos bem aboletados e com agenda certa e serviço distribuído, tem todas as qualidades do Matadouro de Carácter, menos o lado indolor e subreptício.

Menezes, esse grande assassinado da Opinião Pública, da bloga primodivisionária e da opinião oficial de todos os oficiais da opinião, foi e é afinal péssimo a manobrar a palavra e a ideia, e foi e é também péssimo na incontinência ressentida do seu enorme ressentimento!

Está fodido com quem lhe coube estabelecer foederações de silêncio e de solidariedade! Este só pode ser um Menino de Couro e Couraça porque todos o remetem para a Gaia-toca, para o covil-Gaia de onde é suposto ter saído indevidamente e onde deve ficar devidamente acondicionado pela escala de importância respectiva.

À pancada que levou, dir-se-ia que as suas palavras tinham um peso performativo, actualizador, dogmático, que transformava em realidades automáticas e automaticamente absurdas todas as obras concluídas com derrapagens,
todo o irrealismo popular de todas as medidas populares e populistas, toda a forma de onerar o Estado e também desonerá-lo, todo o domínio apertado das estruturas de Poder, todo o IVA a rivalizar com o IVA espanhol.

Para além disso, provavelmente não haveria melhor político que ele e o seu modo brain-storming de agir, inovar e actuar. Ninguém o compreendeu. Todos o abandonaram. Assessorado pelo Zero, minado desde o cerne pela solidão desapoiada, fugia para diante, improvisava consistência. Provavelmente abusava da falta de memória de toda a gente e não lhe perdoaram o facto de ser um político genial, mas tosco para os standards e as agendas de interesses lisboetas sofregamente à espera de se aboletarem.

Mas o burro é ele? O camelo é ele? É ele a cloaca? Não! Ele foi somente o embaciar dos espelhos de toda a gente.

PALAVROSSAVRVS REX

Anónimo disse...

O estilo Luís FIlipe é assim: boçal, cheio de panóplias.

Anónimo disse...

..."culturalmente mais preparados"... Não me lembro de ver um único livro, quando o LFM nos mostrou a casa dele na televisão.

Anónimo disse...

Tanta gente "Politicamente Correcta" neste Blog... E vítimas dos "Opinion Makers"...

Começou-se a dizer que o homem era mau e pronto - É Mau...

Mas o que é que ele FEZ MAL?

Quem são afinal os BONS?

Queixam-se do Sistema mas excluem os que lhe podem dar a volta... Têm medo das Mudanças...

Alêm do que tem feito em Gaia, o que disse na entrevista são Verdades Insofismáveis...

Anónimo disse...

Mas eu estou em modos de requerer internamento no Sobral Cid ou este cavalheiro queixa-se de que lhe fizeram exactamente o mesmo (eu diria até bastante menos) que ele andou meses e meses, todos os dias, a fazer ao Marques Mendes e já começa outra vez a fazer, desta vez à sua sucessora?!...E dá-se credibilidade, ou pelo menos dá-se o microfone, a este exemplar do pior chico-espertismo deste país...

Unknown disse...

A "vaga de fundo" não levantou e o luizinho falou...

Carlos Medina Ribeiro disse...

ACERCA de LFM, julgo que vale a pena ler a crónica de Nuno Brederode dos Santos intitulada «Subir para baixo». Foi publicada no «DN» de hoje, mas pode ser comentada no blogue do autor, [aqui].