8.10.07

LEVAR A SÉRIO

A governadora civil de Faro, uma perfeita ersatz morena de Edite Estrela, decretou medidas de segurança mais elevadas no Algarve depois de um telefonema que, disse ela, não levou demasiado a sério. Alguém, em basco, ligou para um jornal e falou em bomba. Há umas semanas, por causa de um carro alugado no Algarve e largado em Espanha, começou a falar-se numa "célula" da ETA em Portugal. SIS, SEF e companhia são pagos precisamente para tratar desta intendência. A falecida PIDE/DGS tinha uma branch "internacional" - por isso se designava de "polícia internacional" - que funcionava bem, cá e no Ultramar. O mesmo se podia dizer dos serviços de informação militar. Tudo isso, entre cravos, acabou. Agora não é possível ter certezas sobre nada. Presumivelmente, a governadora civil e os "serviços" não devem saber o que fazer com a "ameaça". Vai daí, a senhora preferiu "não levar a sério" a "ameaça". E a ela, à senhora, quem é que a leva a sério?

4 comentários:

Anónimo disse...

Também não levo muito a sério as ameaças da ETA porque, penso, que a tradução do basco foi incorrecta : o que o homem disse foi que IA LARGAR (OU ATIRAR) UMA POMBA.

É que BOMBAS recebemos nós todos os dias e não são mais do que as miseráveis notícias que ouvimos deste pedaço de terra infestado de abutres; salva-se o futebol ... de vez em quando.

Anónimo disse...

Mas quem é que no algarve percebe basco? Nem inglês (que é bem simples) sabem, quanto mais aquela língua de corvos.

VANGUARDISTA disse...

Não terá sido um assessor que telefonou , depois de almoço, com os copos e com a voz entremelada, a avisar que já não ia de tarde?
Pzitt!
Noou puessso ir tra...bombar ..arr..est...tarde, bomp..bomp..., ips...

Não há terrorista que se preze que perca tempo com este país!

josé neves disse...

Caro Gonçalves,

A Pide funcionava bem cá e no ultramar,diz.E onde estava quando a UPA fez a matança no norte de Angola em 15 de Março de 1961?
Continua a haver saudades da ePIDEmia,é pena.