Em Novembro, quando saiu a primeira notícia, escrevi isto. Agora, de novo pelo Expresso, fica-se a saber que a IGAI quis mesmo punir disciplinarmente o jovem tenente e que o ministro António Costa "pondera" o que há-de fazer, recorrendo à sua auditoria jurídica. Andou bem o General Henrique Chaves que colocou este tenente sob a sua alçada e que o tratou, não em função do posto, mas em atenção às suas qualidades pessoais e profissionais aparentemente mais úteis à instituição que serve do que a suposta quebra do "dever de sigilo". Repito. "O tenente, de 28 anos, e com especialização nas contabilidades e na gestão, segundo a IGAI, teria sido o responsável pela informação veiculada ao Expresso e, vai daí, levou com um processo idêntico ao que levaram os supostos autores das irregularidades. Imagino que este jovem quadro da GNR se deve sentir maravilhado com esta diligência ministerial. E que, daqui para diante, se sinta como peixe na água na instituição que agora o condena. Para começar, e apesar de ser o melhor classificado do seu curso, já foi preterido na promoção a capitão. Ninguém, na vida e nos cursos (vários) que o jovem tenente frequentou, lhe explicou que o país é uma imensa paróquia, dividida meticulosamente em capelas, em que cada uma tem os seus oficiantes exclusivos. Na cabeça de quem dirigiu as averiguações, o jovem tenente terá violado o sagrado "segredo de justiça" e, por isso, é perseguido disciplinarmente da mesma maneira que o são os alegados infractores." Afinal, nem sequer foi bem assim. Em relação a um deles, propuseram o "arquivamento" do processo. Vale a pena ser honesto?
2 comentários:
Há uns tempos, poucos anos, um jovem coronel foi objecto de uma participação ao chefe do ramo.
Por oferta de senhas de gazolina (do quartel) a oficiais da sua simpatia, para as suas viaturas particulares.
Perante o processo de averiguações desencadeado, que fez o cabo de guerra/chefe?
Dentro de um saudável 'segredo' de justiça, o processo arquivado, o 'arguido' levado ao conselho superior (presidido pelo cmdt chefe, Dr S), promovido. A general.
Essa coisa da promoção da denúncia como a melhor arma de combate à corrupção, não é válida em meios castrenses?
Ou esses continuam impunes?
Ou esta história (triste) deve servir de aviso ao funcionáros?
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