Se a "pequena Madeleine" fosse escurinha, esquálida, famélica, irmã de milhares iguais a ela, provavelmente com SIDA, habituada a arroz e a água poluída, dormindo ao relento, inerme perante o decurso do tempo, será que as tv's nacionais, internacionais, tablóides e para-tablóides faziam o mesmo escabeche que andam a fazer?, perguntava ontem. Um leitor que vive no reino de Sua Majestade respondeu:
"NÃO!
E sobretudo não deixavam as crianças em casa, e iam enfrascar-se... Vivo no Reino Unido, e chega a ser escandaloso essa omissão, só se lembram de criticar a actuação da policia portuguesa. Na BBC, às 20:00 até um anormal de um advogado português (até se babava com a publicidade que estava a ter e com a perspectiva de sacar uns quantos clientes Ingleses), se lembrou de se deixar entrevistar para criticar a justiça e a policia portuguesa, os Ingleses adoraram, claro. A entrevistadora salivava com essa pérola informativa, e logo vinda de um Tuga! Também se lembraram de entrevistar uns turistas na Marina de Lagos (daqueles casais que às 5 da tarde, ainda estão com uma ressaca brutal, do vinho a garrafão que lhes foi servido na noite anterior, tipo ele não se percebia nada do que dizia, e ela só dizia que sim, tipo aqueles caezinhos da parte detrás dos carros...) eles disseram que não tinham visto policia nenhuma, que não se via nenhuma investigação no terreno, etc etc etc (as perguntas lembravam aquela rábula do prof. Marcelo só que em off...) Será que não houve ou haverá, nenhuma alminha ligada a justiça portuguesa, que também tenha assistido aquela entrevista, e ponha um processo àquele cromo? O JG viu também? [não vi, não vejo as "reportagens" sobre esta telenovela latino-americana] Eu já espumava... Só me deu vontade de encher a cara de chapadas a esse advogado da UNI ou da Univ. Moderna, certamente...
E sobretudo não deixavam as crianças em casa, e iam enfrascar-se... Vivo no Reino Unido, e chega a ser escandaloso essa omissão, só se lembram de criticar a actuação da policia portuguesa. Na BBC, às 20:00 até um anormal de um advogado português (até se babava com a publicidade que estava a ter e com a perspectiva de sacar uns quantos clientes Ingleses), se lembrou de se deixar entrevistar para criticar a justiça e a policia portuguesa, os Ingleses adoraram, claro. A entrevistadora salivava com essa pérola informativa, e logo vinda de um Tuga! Também se lembraram de entrevistar uns turistas na Marina de Lagos (daqueles casais que às 5 da tarde, ainda estão com uma ressaca brutal, do vinho a garrafão que lhes foi servido na noite anterior, tipo ele não se percebia nada do que dizia, e ela só dizia que sim, tipo aqueles caezinhos da parte detrás dos carros...) eles disseram que não tinham visto policia nenhuma, que não se via nenhuma investigação no terreno, etc etc etc (as perguntas lembravam aquela rábula do prof. Marcelo só que em off...) Será que não houve ou haverá, nenhuma alminha ligada a justiça portuguesa, que também tenha assistido aquela entrevista, e ponha um processo àquele cromo? O JG viu também? [não vi, não vejo as "reportagens" sobre esta telenovela latino-americana] Eu já espumava... Só me deu vontade de encher a cara de chapadas a esse advogado da UNI ou da Univ. Moderna, certamente...
João Pedro
7 comentários:
A resposta à pergunta colocada é óbvia. Há um ou dois anos desapareceu uma bebé numa maternidade. Nem um GNR daqueles gordinhos e de bigode colocaram atrás dela! Felizmente acabou por aparecer, pasme-se, em casa de uma senhora que era praticamente vizinha!
Quanto à polícia portuguesa, as críticas são mais do que justificadas. Os raptos resolvem-se nas primeiras horas. Actuar rápido é fundamental. A nossa polícia começou por desconfiar da versão dos pais - contra isso, nada - e só começaram as buscas umas horas muito largas depois do rapto. Podem mandar para o Algarve todos os efectivos da polícia, que o mais provável é a criança já estar bem longe!
E havia muito mais para dizer. Há sempre problemas quando alguém neste país vai para fora: na Grécia ou são miudos que morrem porque são deixados em casa e o gás tem uma fuga, ou é o namorado que atira a filha e a namorada da varanda do 4º andar. Mas dentro de portas também são interessantes: perto de onde eu moro há um tipo que se dedica a chegar ao pé de quem está a beber café em copos de papel grandes e atira-os contra a cara da pessoa. Depois há o gajo que metia os amigos em frascos no frigorífico e ia comendo-os. Ninguém é levado com sucesso à justiça. Também vi esse senhor advogado na tv ontem. Do inglês macarrónico dele percebi que se estava afinal a queixar que a polícia não o deixava sequer a eles, advogados, aceder a informação protegida pelo segredo de justiça. Que horror. Nem a eles, advogados! Os ingleses são patéticos, muitas vezes, pelo menos os ingleses de classe média baixa. Os tablóides são, afinal, feitos para eles.
Cuidado, por tudo isso (ver o comentário anterior - 09:56), com a "pontaria" das críticas e comentários.
Qual o comportamento a estranhar mais?
O do "plumber" inglês, grosseiro e inculto, mas que tem a felicidade de ter bem mais dinheiro para gastar, mandem os tories o ou labour, do que muito "dr." e "eng." português (mande quem mandar, por cá)?
E que tem no Algarve, independentemente do número de "l" na palavra, a terra ideal para as suas bebedeiras. Porque foram os algarvios - e o Poder nacional - que se posicionaram para acolher, sobretudo, esse mercado!
O da imprensa inglesa (de acordo, muito dada a "tabloidismo"; mas a nossa também é) que tem dificuldades em entender essa pérola chamada "segredo de justiça" (e todavia os sistemas de common law lá vão funcionando...; diga-se o mesmo do nosso, se se puder)?
O da opinião pública britânica (eventualmente) que vai, graças a este caso ter, muito provavelmente, um contacto muito próximo com o paralisante formalismo deste país (Portugal), onde o resultado final pouco interessa, importando sim que todos os papelinhos, licenças, autorizações, competências e afins - ou seja "o processo" - sejam muito bem respeitadinhos nessa sua forma (forma, apenas), ainda que, para tanto, esse resultado seja o nada (quando não uma monstruosidade: a sua completa perversão)?
Não tomemos este caso como um pretexto para, a propósito da eventual negligência de um casal inglês (e não queiramos estar na sua pele), avivar rancores e complexos contra o tal "velho aliado" que só o é quando lhe convém.
Como o é tudo na política (desde logo, na relação entre os Estados). Como bem lembrava - e nunca foi desmentida - certa pessoa, cujo nome, consta, é impronunciável.
Costa
O João G. tem razão sobre isto tudo. Cansa cada vez mais. chega a meter nojo, tudo, os apelos, os e-mails que ja circulam na net, os media britanicos e os portugueses. Deve ter sido a policia portuguesa que deixou 3 crianças sozinhas em casa para ir jantar.
"Portugal conhece agora um novo tipo de crime. Nunca mais será o mesmo país! Será um país novo confrontado com uma nova realidade a que nunca assistiu",dizia um opinion maker ontem na Sky (é como os portugueses , nao sabe nada do que diz, masdi-lo com convicção).
Eduardo Pinto Bernardo
E que têm o Algarve a ver com a nossa policia ou com o raio que os parta, e o Norte de Portugal cheio de bimbos, saloios, que se deixaram ultrapassar para sempre... e Lisboa com a carrada de supertios,em que o único bocadinho de espaço cosmopolita é os 100m2 ao redor da "Brasileira" e só quando está povoado de " Camones"
É natural que a polícia tenha desconfiado... deixar 3 bebés (praticamente) a dormir sozinhos para ir jantar... e ainda vir toda a gente recriminar e apontar o dedo à polícia. Provavelmente já começou a actuar tarde, é certo, mas se os pais tivessem sido mais prevenidos esta história não estaria hoje a acontecer. Mas tem lógica a ideia de uma rede, porque a coisa foi muito bem montada, para conseguirem entrar no quarto da criança em minutos e a terem levado sem levantar as suspeitas da família que jantava a 30 metros de distância (!).
Isto é Portugal no seu melhor!!!...
Já tudo foi dito....
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