O Tomás Vasques elogia duas séries televisivas que também acompanho: House e The L World. Do primeiro, do respectivo script e do excelente mau-feitio do protagonista, estou farto de falar. A segunda série - que vi praticamente toda no canal Fox Life e não na 2: -, tal como Nip Tuck, por exemplo, passa-se em Los Angeles e os protagonistas são praticamente todos mulheres. É a história das suas relações - as afectivas e as sexuais - e, se bem me lembro, em nenhum episódio detectei aquela "veia maricas" com que tantas vezes se aborda os imbróglios entre same sexers. Como qualquer espectador pode verificar, se tiver pachorra, as relações entre same sexers são iguais, em luz, sombra, alegria e violência, a qualquer outra relação. Apenas coisas entre pessoas, no caso, entre mulheres da classe média norte-americana. Por vezes - e isso é provavelmente inevitável numa série- a "conversa" cansa e a as obsessões também. Entre nós, domina a esquizofrenia das "associações G&L". O "não natural" é acentuado pela mania da "diferença" pindérica e folclórica. E não adianta meter explicador que as pobres cabecinhas "activistas" não percebem. The L World revela-nos personagens maduras nas suas fragilidades, seguras nas suas incertezas e felizes no seu meio profissional, desprovidas de complexos. Oxalá a sociedade portuguesa fosse tão adulta como a daquelas burguesinhas. Elas não se "associam". Limitam-se a viver, alegre ou dramaticamente, a vida delas.
1 comentário:
Será que o meu amigo tem possibilidade de ampliar a fotografia.É que elas são muito melhores que o doutorado Compromisso Borges
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