No telejornal da RTP apareceu um sujeito, de nome Rocha, que escreveu um livro intitulado "O Último Papa". De acordo com o próprio, o livro "revela", em versão romanceada, uma "conspiração" dentro do Vaticano que terminou na morte do Papa João Paulo I, em 1978. Não contente com a aparição simultânea do livro em dois ou três países, o nosso autor já sonha com Hollywood e até anunciou o nome dos putativos actores. Rocha - e outros como ele por esse mundo fora - anda a explorar a ignorância e a insuficiência espiritual das gentes do nosso tempo. Com sucesso, diga-se de passagem. Se repararmos na parte das livrarias que atrai mais público, ficamos esclarecidos. "Esoterismo"," espiritualidades" e "religião" têm sempre clientes. A "era do vazio" gera subprodutos mitómanos e miméticos como este Rocha. Apesar de mitómano, não é parvo. "O Último Papa" é apenas mais de um mesmo negócio que, dadas as circunstãncias, vende bem. Entre "Os Possessos" e um livro que se pode ler tranquilamente no cabeleireiro, quem é que hesita?
12 comentários:
Correio da Manhã:
..., não teme as eventuais reacções que a obra possa vir a causar na Igreja Católica ou nos sectores mais conservadores da instituição.
Está até “preparado para o embate”, disse ao CM. No entanto, acrescentou, “a minha agente tem alguns receios e quer tratar da minha segurança”.
O homem é parvo ou faz-se? Segurança? Para quê? Quem é que o vai perseguir? A Igreja Caólica? ...Anedota!
Conviria dizer a esse espertíssimo Rocha que a história da "'conspiração' dentro do Vaticano que terminou na morte do Papa João Paulo I, em 1978" já foi admiravelmente abordada pela dupla Coppola-Puzo no filme "O Padrinho III" que foi estreado em 1990.
Mas não é estranho este beduíno poder largar o seu bedum na RTP? Claro que não: já todos sabemos como funcionam estes esterquilínios.
Eu não sei se é suficiência espiritual, ou insuficiência espiritual, ou era do vazio, ou era do cheio O que sei é que esses géneros de que fala foram sempre os que venderam mais. Olhe, a Biblia é o mais vendido, e depois tem os livros da catequese, os missários, as vidas de santos, a vida da irmã lúcia, etc., um mundo de subgéneros e subprodutos. Agora vem uma história de um papa que morre e não sei quê? Grande coisa… qual é o problema? Falta-lhe o imprimatur?
da boca do noso embaixador na santa sé nessa altura ouvi dizer que todo o corpo diplomático ficou convencido da morte forçada de joão paulo I.
O autor parvónio ainda andava a escrever o "livro" já anunciava no meio editorial que lhe tinham assaltado a casa. De facto, o moçoilo é dotado de uma noir culture, tendo como referências o Diabo, o Crime e uma pós-graduação das amplitudes sensacionalistas do telejornal da TVI.
Convido a visitar e a ler o meu último post - Liturgia à Nabice "Literária".
E o papel do Francisco José Viegas nisto? É o de quem enfia o barrete ou o do que o dá enfiar? Ou está tão farto de que tudo lhe corra bem e quer, por uma vez, fazer de parvo?...
O Francisco Viegas finalmente se revela na qualidade de lambe cu com intenções de apadrinhar a trapaça de um livro que, não é fruto da inteligência ou, sabedoria de Luís Miguel Rocha, mas sim, gerado através de manhosice e jogadas sujas no meio editorial. O José Viegas está à espera de lucrar, porém o Luís Miguel Rocha caracteriza-se em linguagem popular por um "chico esperto" ganancioso, ou seja, mais um biltre munido por um discurso de jovem do couro humildezinho. Conclui-se que o José Viegas consentiu que lhe enfiassem o barrete.
Faço também a apologia de contemplarem a qualidade da “obra” portuguesa em mãos, uma verdadeira relíquia digna de estar exposta em qualquer biblioteca, sem intransigências ao nível da Língua Portuguesa, construção de diálogos, uma revisão descuidada e uma fotocomposição miserável.
Qe tal mudar o nome deste blog para PORTUGAL DOS RESSABIADOS ou PORTUGAL DE QUEM NÃO TEM NADA PARA FAZER ou ainda PORTUGAL DOS QUE NÃO LERAM UM LIVRO MAS JÁ ESTÃO A DIZER MAL DELE POIS ESTE É UM PAÍS DE INVEJOSOS... :-)
Quanto ao tal Rocha, esperto é ele!
E dizer bem de um livro antes de o ler, ou antes de ele sair da estampa, já é bom, caro anónimo?... Pela minha parte, estou-me olimpicamente a borrifar para a letra impressa deste livro: o que me excita a curiosidade é esta saloia preparação de um "acontecimento"... E lamento ter perdido a última réstea de admiração pelo Viegas, se de facto ele se deixou ir nesta patetice de "diz-se que", de "documentos secretos", etc...
TheCynical (e cada vez mais)
Concordo, dizer bem de um livro antes dele sair é igualmente idiota.
Mas ao menos desta vez são os espanhóis e os italianos a comerem a nossa bosta, e não nós a comermos a bosta inglesa ou americana. Tem essa lado positivo.
Mas pelos blogs as pessoas andam todas muito excitadas e incomodadas com este livro. Presumo que o autor agradeça.
Lá está o Cynical um idiota com uma missao. Desinformar ao máximo.
Deves ser maçon ou simplesmente parvo.
O autor deste texto deveria investigar um pouco, pois há muito naquele livro que é verdade factual conhecida, principalmente a nível de datas e tudo o que se refere à P2.
Leu o livro? Duvido!
Enviar um comentário