Correia de Campos, ministro da Saúde, é uma sombra do estudioso da economia da saúde dos anos oitenta. Deu-lhe agora para "moderar" - através de taxas - as cirurgias e os internamentos hospitalares, como se as pessoas recorressem a operações e ficassem internadas a título de passatempo. Por este andar, Correia de Campos aproxima-se perigosamente de Manuel Pinho em matéria de estado lunar. Bastava um.
8 comentários:
É verdade a Saúde torna-se cada vez mais um bem escasso, uma jóia a defender - não vá cair na gula desastrada do povo desdentado. Agora são taxas moderadoras, daqui a uns anos, quem sabe, esquadrões armadilhados à porta dos hospitais. A bem da segurança e da valorização do que deve efectivamente ser valorizado. É preciso ter muita saúde para aguentar com ministros deste calibre
As declarações do ministro são um nojo, uma vergonha e nem me apetece ironizar com o facto de as cirurgias demorarem tanto que sem dúvida os doentes já poupam uns dinheiritos ao Estado, mesmo sem haver taxas moderadoras, antes de conseguirem que chegue a sua vez para entrar nos hospitais.
Respondam-me
A economia, ao que parece, não tem norte, estratégia, ruma, nada.Paises do norte da europa com salarios bem mais altos que os nossos, produzem os memos bens que nos, mas os deles chegam ao mercado mais competivos que os nossos.Que não fossemos competitivos quando comparados com a China a India... é natural, mas perdermos em competitividade com a Holanda?... pois tabém é natural, a economia deles está muito desenvolvida em relação à nossa, mas mais competitivos no calçado, onde estavamos tão desenvolvidos?
Pois é... continuam a pensar que o problema é dos malandros dos operários que temos ou das leis laborais demasiado rigidas. Ha bem pouco tempo, e parece que ainda agora, muita gente com responsabilidades neste pais, centrava o problema da competitividade fundamentalmente na preguiça congenita e nas leis laborais-até podemos gostar muito das nossas pontes, mas quando bem orientados batemos os melhores. E é aí que entram os politicos getores e outros estepores que ha mais de 30anos nos adiam o futuro, para tratarem do deles.
A educação está na lama, as escolas publicas e o ensino, saltam de experiencia em experiencia. Ha zonas demograficamente deprimidas onde se fazem escolas novas em que faltam as salas logo no ano da inauguração :).Os professores são enxovalhados, senão veja-se a estatisca das faltas dos professoes em que se misturou tudo, licenças de maternidade, assistencia a filhos menores e doença prolongada. Com o intuito de transformar o professor no gazeteiro, no vilão da educação aos olhos dos encarregados da educação. Depois desta trapalhada é o própio primeiro ministro que vem apelar à dignificação dos professores, porque será?
E agora a saúde, falida como os restantes pilares deste país. Mas o ministério da defesa continua a apostado em levar o nosso exercito á excelencia, mas a invasão dos aspirinas mouras continua...
Com isto tudo, será que valeu a pena o 25 de Abril?
Sauridio
Mas... O 25 de ABril foi feito por isso tudo ?
Creio que deverá estar a falar do 26 de Abril, não do 25...
« ... em matéria de estado lunar. Bastava um.»
São às RESMAS! Dentro e fora do Governo.
Só agora é que deu por isso?
Curioso ...
Espanha, Espanha, Espanha!
Pois muito bem, em Espanha não há taxas moderadoras.
Em Espanha há um excelente e ÚNICO Serviço Nacional de Saúde.
Em Espanha, os médicos não andam com receitas e vinhetas para todo o lado.
Em Espanha não há vinhetas. Há carimbos oficiais e há controlo sobre os mesmos. Não podem sair dos serviços públicos.
E não, os médicos em Espanha não passam receitas pr'ó amigo, pr'ó vizinho, pr'ó cão e pr'ó gato.
Com os centros de saúde que temos, os que os têm, aumentar as taxas moderadoras é impensável de aceitar.
Os médicos espanhóis exercitam, de facto, a ética e a deontologia.
Será por isso que, sendo a lei espanhola idêntica à nossa, não é necessária uma lei especial de despenalização do aborto?
Concordo com opinto aqui é mais fácil sobrecarregar com custos e impostos do que fazer as coisas a sério. O país vizinho tem bons exemplos mas não interessa olhar. Para quem achava que recorrer a receitas extraordinárias para equilibrar o orçamento era um atentado à Nação, só resta recorrer a receitas...ordinárias.Falta ainda taxar os que andam ao sol, se houver seca, ou à chuva, se houver cheias.
O agravamento das taxas moderadoras só pode desmotivar os mais pobres. É, pois, novo
factor de injustiça social
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