A contagem de hectares chamuscados pelos incêndios, é das coisas mais divertidas dos últimos tempos, não fosse dar-se o caso de se tratar de uma tragédia. Não fico admirado. Já com os mortos em acidentes de automóvel é também a "estatística comparativa" que interessa. "Houve menos um, dois, três ou trinta" do que "em idêntico período do ano transacto", reza quase sempre assim a missa burocrática. Com lucidez e humor - é bom que o Paulo comece a não levar tudo excessivamente a sério porque só se deve levar a sério aquilo e quem merece respeito (uma minoria de coisas e de pessoas) - o Paulo Gorjão "desmonta" a estatística oficial dos incêndios, uma praga que é já praticamente uma instituição dado que ninguém, deste ou de outro governo, lhe consegue pôr termo. De acordo com as fontes que o Paulo cita, "o governo está de parabéns", nesta matéria, porque as "novas estratégias de combate [que introduziu] e [por ter] reorganiz[ado] e reequip[ado] o sector" (...), tudo isso permitiu obter resultados semelhantes aos de 2001, sem estas estratégias, organização e equipamento." Olha que felicidade! É que em 2001, reinavam os actuais "bombeiros" e não deve ser, pois, por acaso que os mesmos chamam o mesmo à colação. É o que eu venho dizendo: a maioria absoluta absorve tudo absolutamente. Até os fogos.
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