Cavaco Silva vetou a "lei da paridade" aprovada pelo PS e pelo BE. Fez muito bem. O sexismo legal distorce o princípio da igualdade e institui uma inexplicável capitis diminutio para os cidadãos do sexo feminino que se dedicam à política. As "quotas"representam a menorização da participação cívica das mulheres na vida pública e são, ao mesmo tempo, reveladoras de um paternalismo político inaceitável e anti-democrático. A igualdade não se alcança pela cínica matemática parlamentar. Ao apelidar de "conservador" o Presidente da República, o apostolado do BE vira-se contra si próprio e evidencia, uma vez mais, o seu insuportável moralismo de pacotilha. Cavaco, pois, finalmente.
11 comentários:
... tudo vem a seu tempo
capitis diminutio
Mais parecia a rainha de Inglaterra, com compreensões a mais para o meu gosto. Ele era os elogios ao ministro das forças armadas e ao governo pelos seus "esforços" para conseguirem novos equipamentos, ele era a passividade e compreensão pelo mudança de agenda dos deputados para assistirem ao futebol,enfim aguardemos...
Abriu agora a pestana.
bom fim de semana
O PR tem de justificar a eleição e mostrar que merece a reeleição. É bom que ele e os seus assesores disso não se esqueçam. Já aqui há tempos, o argutíssimo VPV bem o preveniu, num dos seus acutilantes artigos do Público. Espero que hoje o nosso PR já perca mais algum tempo com a leitura de jornais, pelo menos com a de alguns...
Corrijo : assessores, sempre são um «comboio de esses».
Concordo plenamente. Deixei link directo para este post em http://eupensoisto.blogspot.com/2006/06/um-presidente-da-repblica.html
«Finalmente Cavaco», com uma ressalva:
A de uma grande «oportunidade perdida»:
A de uma «mensagem à AR», com um alerta, aviso ou chamada de atenção relativamente ao último «vómito democrático» - a alteração do «normal funcionamento» da instituição AR, para comodidade dos pequenos srs Deputados que temos.
«A bem da Bola», tal foi a evolução semântica da expressão do antigo regime «A bem da Nação».
A paridade não se compra nem se vende. Pode ser uma questão numérica. Pode ser, mas não devia ser. Não havendo alternativas, sempre é a melhor solução. A questão da multa é uma falsa questão, pois nenhum partido quer pagar multas, mas o desvalor ético da solução, está lá, à la Cavaco, à força, musculado, que é como os Portugueses têm sido tratados desde o ditoso Afonso Henriques. Afinal tudo se compra e tudo se vende. Menos eu........... que vivo na estratosfera. Ai Zapatero, Zapatero, que pena não seres português. Beijinhos
Já disse que não é "capitio diminutio", mas "capitis diminutio".
Será preciso um desenho para corrigir a asmeira?
asneira
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