20.6.06

UM PORTUGUÊS SUAVE


O ministro da Saúde é um reputado "especialista" do sector. Todavia, os seus conhecimentos "técnicos" não são devidamente acompanhados de idêntica perícia política. Correia de Campos é um híbrido entre o profeta Arnaut - o homem do SNS da "revolução" e do PS- e um recém convertido "liberal" sem a fundamentação teórica do liberalismo que, aliás, entre nós fica-se sempre pela melíflua palavra. O resultado, por consequência, padece do mesmo hibridismo de que sofre o ministro. Desconfio dos "observatórios", sobretudo daquele eterno da Justiça, do prof. Boaventura. Acontece que o da saúde veio agora discutir, não tanto a bondade das medidas do ministro, mas antes o método e as respectivas sequelas. Como não há, entre nós, grande tradição em matéria de avaliação de programas, o ministro acusou imediatamente o "seu" observatório de "falta de rigor e de credibilidade". Correia de Campos gosta de "disparar" tiros de pólvora seca e, no caso do fumo, de seguir uma modinha reaccionária. Digo isto perfeitamente à vontade, já que não fumo nem aprecio ambientes "pesados". Da mesma maneira que não aprecio o "estilo" pesporrente e inconclusivo do ministro. Mais dia, menos dia, dará um daqueles tiros no seu próprio pé. Que não lhe doam as mãos.

2 comentários:

António P. disse...

Caro Luikki,
Já tinha saudades da palavra CANALHA !
Mas usá-la exige ter a certeza que o personagem a merece 1
Cumprimentos

Anónimo disse...

... pois, "mais dia, menos dia"