Num sítio qualquer em que o parlamento fosse a sério, os sindicatos fossem a sério, a administração pública fosse a sério e, finalmente, o Estado, como um todo, fosse a sério, esta pretensa reforma mereceria outra atenção e outra importância. A trapalhada, no entanto, resume-se a decepar umas míseras árvores e à realização regular de jogos florais entre os membros do governo e os sindicatos. Não há, como nunca houve, um "pensamento estratégico" e, sobretudo, político a presidir à causa. Nem sequer existe "pensamento único". Apenas inexiste um. Mesmo assim, dada a importância que lhe é dada, a coisa devia - nem que fosse por pudor "democrático" - ser discutida de forma mais "ampla" pelos chamados representantes da nação, sentados na famosa "casa da democracia". Todos, e não apenas os delegados do PS no governo e nos gabinetes. Falamos da putativa "reforma" do Estado português e não de um capricho de circunstância, um fait accompli. Todavia, não se muda ninguém contra a sua vontade e, pior do que isso, na sombra, de forma atomista e "contabilística". Em devido tempo, se Deus quiser, tudo correrá naturalmente mal.
1 comentário:
« ... se Deus quiser, tudo correrá, em devido tempo, mal.»
... está a ser “OPTIMISTA” quando refere “MAL”
... aqui é que não consigo ser “positiva”
... só pior que “MAL”
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