De um modo geral, salienta o "Relatório do Desenvolvimento Humano 2005" do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), ontem divulgado, os esforços proclamatórios exibidos na "Declaração do Milénio" de há cinco anos ("libertar os nossos semelhantes, homens, mulheres e crianças, das condições abjectas e desumanas da pobreza extrema") vão ter de esperar por melhores dias. Até os Estados Unidos, na 10ª posição da referida "lista", desceu dois lugares em relação a 2004 e está a braços com as consequências de uma catástrofe natural devastadora, muito "avaliada", pela esperteza saloia doméstica e internacional, "por causa" de George W. Bush. De acordo com o "índice mundial do desenvolvimento humano", constante daquele "relatório", "Portugal, que em 2004 ocupava a 26.ª posição na lista dos países mais desenvolvidos do Mundo, está agora classificado em 27.º lugar, atrás dos 12 estados que constituíam a União Europeia no período de 1986 a 1995". Até a Eslovénia já vai alegremente à nossa frente. Não é só o "mundo" que está mais perigoso e improvável. Somos também nós, na nossa endémica inconsciência, que constituimos um perigo para nós próprios como país improvável.
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