Mostrar mensagens com a etiqueta Portela. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Portela. Mostrar todas as mensagens

20.6.07

PARLAMENTO COSTISTA

Até ao dia 15 de Julho, o Parlamento, isto é, a maioria absoluta do PS, está a trabalhar em regime de exclusividade para a gloriosa candidatura do dr. Costa à CML. O dr. Costa quer à viva força implantar umas árvores e uns arbustos onde hoje existe o aeroporto de Lisboa. Vai daí, a sua maioria parlamentar vetou uma proposta do CDS/PP, votada por toda a oposição, que impunha politicamente o estudo "Portela+1". Se dúvidas houvesse sobre a opereta em curso acerca das "alternativas à Ota", este gesto é tudo. O gesto e a boca do dr. Costa, aliás. Cada vez que ele a abre, brota imediatamente o discurso dos "terrenos da Portela". Costa deve estar doido por lá ir fazer uma honesta mijinha atrás de uma árvore para delimitar território. Como diria o terrorista-escritor Aquilino que, se fosse vivo, era da "comissão de honra" de Costa, andam faunos pelos bosques.

19.6.07

A TEIMOSIA DA OTA

Belmiro de Azevedo resumiu hoje - e bem- a teimosia da Ota, diferente, claro está, da questão de um aeroporto internacional para servir Lisboa em complemento da Portela. Disse ser coisa digna de regime soviético, com plano quinquenal e tudo. Um "nado-morto". Aí está um homem sem ilusões.

13.6.07

O AEROPORTO DE LISBOA -2

Com uma simples frase, Rui Ramos, dos poucos que se conseguem ler, resumiu a coisa: "a Câmara de Lisboa vale bem um aeroporto". Ontem houve aquela cena de opereta dos autarcas do oeste a choramingar junto ao ombro do "jamé", uma encenação apenas bem montada para dourar a pílula. É evidente, como escreve um leitor num comentário, que Lisboa é Lisboa e não vale a pena andar a discutir localizações em Badajoz. Até porque a Espanha é amiga mas não é parva, ou seja, não abdica da "projecção internacional" a partir de Barajas, independentemente - ou sobretudo - se houver TGV, outra obsessão doméstica que andará por aí em breve. Por isso, não foi Cavaco, não foi a CIP, não foram os "estudos" e, acima disso, não foi a pobre da oposição quem "adiou" a Ota. Costa começou a campanha em Lisboa apenas com duas ideias fixas: terraplanar a Portela e dar a Ota por assente. Os amigos mais avisados terão então explicado ao candidato que, a ir por aí, jamais, "jamé" em verdadeiro. "Em Lisboa, a Ota não é propriamente popular, como compreenderam as oposições, cujos candidatos à câmara, sem excepções, tiveram logo o cuidado de se inscrever no coro anti-Ota. Só António Costa ficou de fora, amarrado ao pelourinho do novo aeroporto. Ora, depois das eleições autárquicas, presidenciais e regionais da Madeira, e tendo ainda por cima apostado o seu "número dois", o Governo não podia permitir-se o luxo de mais um resultado pouco brilhante - só por causa de um aeroporto. O rei Henrique IV de França converteu-se ao catolicismo porque "Paris vale bem uma missa". Sócrates terá pensado que a Câmara Municipal de Lisboa vale bem um aeroporto." Escreve Ramos no Público e eu com ele. A Ota e o "lugar-onde" - modelos, equipamentos e outros aspectos técnicos agora não interessam nada - soçobraram apenas porque é preciso eleger o dr. Costa em Lisboa daqui a um mês. "Recuou", diz-se agora. Quem sabe? Dentro de seis meses, já não haverá eleições em Lisboa. O mundo pode mudar outra vez."

12.6.07

ERA UMA VEZ NO OESTE

Cá estão eles, "os amigos da Ota" a rosnar. Vieram à cidade chorar no ombro do "jamé" que, enquanto durar a campanha do dr. Costa em Lisboa, vai "fingir" estudar alternativas. Eles rosnam por ele. Depois vão chorar para cima do PR. Entretanto, deixaram cair a máscara. Já "investiram", já prometeram, já acordaram com este e aquele. A "procissão" ainda agora começou. Está na hora, como lembrou o Miguel Sousa Tavares na TVI, de forçar a manutenção da Portela e de estudar o modelo do segundo aeroporto. Em qualquer lado menos no "oeste". No deles.

11.6.07

O AEROPORTO DE LISBOA


Agora é Alcochete e, a custo, o governo adia por uns meses a definitividade da Ota. Para perceber o que move tanta gente a favor da Ota, convém estar atento a quem mais espernear nos próximos dias contra alternativas. Sobretudo para descortinar se alguns "acordos verbais" - uma modalidade metajurídica com muito sucesso no regime e independentemente da cor - já estariam "celebrados" a contar com os aviões à volta da montanha de seiscentos e tal metros lá bem pertinho da dita Ota. No meio deste arraial, esquece-se a Portela. Ou melhor, tirando o dr. António Costa que já praticamente só vê bosques e terra onde agora existe o aeroporto de Lisboa, ninguém dá ideia de estar muito interessado na preservação da Portela, justamente a esse título, de aeroporto de Lisboa. Sei que sou anacrónico, porém defendo a Portela contra o novo-riquismo obrigatório que nem sequer se dá ao luxo de a repensar enquanto equipamento aeroportuário fundamental da cidade e do país. Lisboa morre todos os dias um pouco mais com o cair da tarde. Uma Portela "verde" com que sonham o dr. Costa e, porventura, demais corifeus do regime, seria mais uma machadada na depauperada qualidade de vida cosmopolita de Lisboa. Todavia, a malta do betão é que sabe. É só seguir-lhe os passos.