17.6.09

UM PORTUGAL DE PEQUENINOS


É suposto o Estado saber com quem negoceia. É suposto, sobretudo quando o produto negociado é a "menina dos olhos" da propaganda, colocar todas as cautelas no negócio. Esta situação indicia que o Estado, na pessoa do governo do admirável líder, não se interessou pelo "passado" da contraparte privada. Fundamental mesmo era fazer chegar os Magalhães a não sei quantos milhares de meninos e meninas (será que chegaram?) e ao sargentão da Venezuela que, num momento lúdico, até o atirou ao chão, um gesto que impressionou fortemente o nosso "humilde" 1º ministro. Aos poucos, a imensa mistificação que tem sido a presente legislatura vai dando de si. Portugal, definitivamente, é dos pequeninos.
Foto: Kaos

21 comentários:

Anónimo disse...

É precisamente por ser uma empresa que não está limpa que foi escolhida e não o contrário.Em Portugal tudo foi invertido pelo "Humildemente" Grande Líder.Quanto mais sujo melhor passou a ser a regra.

Manuel Brás disse...

Em pele de cordeiro
elegantemente vestido,
ilude o povo ordeiro
que tem sido deglutido.

Com o espírito libertino
à espera da redenção,
tamanho é o desatino
da sua (des)governação.

angelo ochoa disse...

Olhe, João Gonçalves, se «isto» não fosse tão triste, dava para rir sem parar e a bandeiras despregadas, dava para rir alarvemente, dava para rir e vomitar, mas votimar mesmo -- de vergonha de sermos «isto...» de pequenitos... Até o Bissaya Barreto, maçon tolerado por Salazar, não teve «génio» pra tamanhas «miniaturas» de nós, prodigalizadas a olhos pasmados de todo-o-mundo por esse tal de ante-platónico engenhoso de «bibe de ambiente» (citando-me...)
Ângelo Ochoa

José Barros disse...

Já não bastava não ter havido concurso público e ter sido oferecido a esta empresa em concreto um monopólio exclusivo num negócio da china, que se traduz para o governo numa compra de votos a troco de computadores. Não, agora sabemos que a empresa em causa está a ser investigada por fraude fiscal. Pobres contribuintes que têm de aturar este putinismo socrático.

Obviamente demito-o disse...

É incrível como onde quer o Excelso e Sublimado Premier ponha o dedo, as águas ficam logo turvas.

Anónimo disse...

O Rei Midas transformava em outro tudo o que tocava!
O Sócrates, em tudo o que toca, dá processo por vigarice, pulhice e aldrabice!
Algarvio do Barrocal!

ATTO, VENº E OBGO disse...

Este moribundo, vai a enterrar, brevemente.

Já se sente o fedor a pré-putrefacção.

Não vão faltar canalha reles, anti-S, depois.

Vae vicits...

ana disse...

Então o Governo deveria saber quais as investigações que recaiem sobre as empresas???
Então e a separação de poderes??

Carla disse...

Ao terminar o mandato do sr. primeiro-ministro, ainda faltam entregar Magalhães a crianças de diversos pontos do país.... Estará Sócrates preparado para se recandidatar a um segundo mandato?

Karocha disse...

Desculpe JG, mas o meu comentário é só ahahahahahahahahahahahahahah
e não vai parar ;-)

Anónimo disse...

Claro que sabia/sabe muito bem com quem é que está a negociar.

Alves Pimenta disse...

Ana:

Qual separação de poderes?
A Administração Fiscal não faz parte do Governo?

Anónimo disse...

Espero que acredite que eu sou anti-Sócrates e já agora também que não simpatizo com a JP Sá Couto, mas olhe que se o critério fosse este - empresas sujeitas a buscas por suspeitas de fraude fiscal - o Estado não poderia negociar com mais de uma centena das maiores e melhores de Portugal, com a agravante que já sabe que essas empresas foram objecto dessas buscas e parece que não deveria saber até agora que a JP Sá Couto seria objecto de buscas. Acrescento que tenho para mim que "a empresa" é a única criadora de riqueza e que o drama de Portugal é ter muito poucas empresas (e demasiado Estado).

Anónimo disse...

Raciocínio incontornável: as maçonarias e opus dei têm grande influência no país; por outro lado, há grande corrupção. Logo, se esta não é devidamente combatida, é porque as primeiras estão ligadas à segunda.

JG, veja lá se me censura...

Anónimo disse...

Sua Excelência dá uma pseudo"entrevista" a uma peudo "jornalista" na SIC do BalseBosta.Repete o mesmo nauseante discurso de sempre.Por este caminho vais ficar abaixo dos 10% em Outubro.

Anónimo disse...

Separação de poderes onde?
Além disso não existe um ministro das finanças, justiça e administração interna?
Será que estes não deviam saber?
Se calhar não, pois por isso o país parece o titanic.

ApacheDraco

Anónimo disse...

É mesmo como o "algarvio do barrocal" diz: O sokas transforma qualquer brincadeira de crianças numa trambiquice chica-esperta da pior espécie.

PC

José Barros disse...

Então o Governo deveria saber quais as investigações que recaiem sobre as empresas???
Então e a separação de poderes?? - Ana

Cara Ana,

Deve informar-se melhor se não quiser dizer tanto disparate em meia dúzia de linhas.

Em concursos públicos os concorrentes têm de apresentar documentos que certifiquem o cumprimento até ao ano do concurso das obrigações fiscais e à segurança social sob pena de serem afastadas liminarmente do concurso. Por duas razões óbvias: o Estado não pode negociar com empresas incumpridoras e as empresas cumpridoras não podem ser objecto de concorrência desleal por parte de quem não paga ao fisco. Fácil de perceber, não é?

Agora, há aqui algo de mais grave. O governo não promoveu o concurso público como era sua obrigação perante o direito comunitário e adjudicou por ajuste directo um negócio de milhões favorecendo a empresa em causa em detrimento das suas concorrentes no mercado. E deve ter sido por causa desse pecado original que nem se deu ao trabalho de fiscalizar a situação fiscal da empresa em causa, acabando por adjudicar tal negócio a uma empresa suspeita da prática de crimes fiscais. Bonito, de facto.

ASG disse...

Segundo parece, estas suspeitas vêm de 2003. Por onde andaram os 'investigadores' durante todo este tempo?

Anónimo disse...

Sem comentários, reproduzo o sumário de um estudo que vem a propósito.
Sublinhei o mais relevante (4§), mas o sublinhado não é reproduzido na caixa de comentários.
____________________________

The Effect of Computer Use on Child Outcomes
Ofer Malamud et Cristian Pop-Eleches,
University of Chicago & NBER Columbia University,
Maio, 2008

“Abstract

This paper examines the impact of having access to a home computer on child and adolescent outcomes. To avoid the bias due to non-random access to home computers, we exploit a unique government program which provided vouchers towards the purchase of a personal computer for low-income children enrolled in Romanian public schools.
Since the fixed number of vouchers were allocated based on a simple ranking of family income, this program affords a stark regression discontinuity which allows comparisons across students very similar in family income and other respects, but who experienced markedly different access to a computer at home. In 2007, we conducted a household survey of children who participated in the program in 2005. Using these data, we show that children who received a voucher were 50 percent more likely to own a computer.
Next, we show that receipt of a voucher had a large impact on time spent in front of the computer and decreased the amount of time spent watching TV and doing homework. Children in household that won a voucher also report having lower school grades and lower educational aspirations. There is also suggestive evidence that winning a voucher is associated with negative behavior outcomes. Nevertheless, we find that having a stay-at-home mom and the presence of rules regarding computer use do mitigate some of the negative effects of winning a computer voucher, indicating that parental monitoring and supervision may be important mediating factors.”


Pode aceder-se à totalidade do estudo a partir de:

http://www.columbia.edu/~cp2124/papers/computer.pdf


dutilleul

ana disse...

Estava a falar de Investigações criminais. Que eu saiba, é Tribunal que coordena os inquéritos.

O Sr. Anónimo das 9:19PM referiu
"Além disso não existe um ministro das finanças, justiça e administração interna?
Será que estes não deviam saber?

Respondo que só saberiam se algum agente da justiça faltar aos seus deveres e não respeitar a "proibição da divulgação do que se passa no processo crime".