Este post do Jorge Ferreira leva-me a repetir duas ideias. Uma de Manuel Maria Carrilho e a outra de Maria Filomena Mónica. Escreve o primeiro - sobre a "vaga número um" da "banda larga" pela mão de Guterres (Sócrates já lá estava) - que «o slogan do «acesso de todos à Net» pretende, no seu fervor militante, passar a ideia de uma nova igualdade, agora ao alcance do teclado, como se entre o analfabeto e o investigador, o rural e o urbano, o europeu cosmopolita e o habitante de África, as diferenças desaparecessem quando se «surfa» na Net» já que, «pelo contrário, é justamente aí que as diferenças mais se evidenciam, se nada as tiver atenuado, ou anulado, antes.» E a segunda - num reparo que assenta perfeitamente ao "plano tecnológico" permanentemente apresentado como o novo "passe de magia" para o "progresso" da pátria - alerta para o facto de, «num país de analfabetos, o computador [se ter transformado] numa varinha mágica capaz de transformar um bronco num génio.» Não transformou. Nem nunca transforma. O problema é que, como lembra o Jorge Ferreira, «José Sócrates, quando não sabe o que fazer ou o que dizer anuncia banda larga, internet e computadores», na realidade «um número tão gasto como as corridinhas no estrangeiro antes das cimeiras.»
9 comentários:
Segundo o seu ponto de vista (e daqueles que transcreve) nunca haveria a possibilidade de um amador tocar violino porque, muito provavelmente, ele nunca conseguiria de Paganini sequer uma lamentável aproximação.
Há na sociedade portuguesa snob uma atitude negativista que vê em todos os outros, que tiveram o mau gosto de nascer na mesma terra que eles, uns ineptos a quem entregar um cavaquinho que seja é um atentado à música.
Posso até concordar que algumas (ou todas se quiser) actividades do governo mais não são do que promoções de marketing político. O que não merece o meu acordo é que se critique tudo sem contrapropor alguma coisa.
Lamentavelmente, é o que mais abunda neste país são seguidores de Vasco Pulido Valente: Valentes Vascos.
Porque nao comecar pelo principo ( ler, escrever, contar etc...). Brinquedos como o Magalhaes existem ha muito por esse mundo fora e nao foram desenho, criacao etc dos portugas como se quer passar ao povo... Quanto mais me enganas mais eu gosto das tuas promessas vazias... Para quando o Acordar ?
Pois é, este país promete! Leia-se, escute-se o que Carlos Fragateiro disse acerca das élites que nos governam, referindo-se a José António Pinto Ribeiro, fazendo Fragateiro parte das élites culturais. Os computadores, vai ser de morte. Os pais a sacarem-nos aos filhos, e os filhos a sacarem-nos aos pais, e quais serão os sites mais procurados? É realmente o máximo, em vésperas de eleições a demagogia `a solta. E nós a vermos! O povo não só é sereno, como é estúpido.
depois de tanta corrida espero que seja corrido por "indecente e má figura"
PQP
radical livre
O problema dos portugueses reside na escola, nos comportamentos e nos programas. Lá, na escola, está o princípio de tudo. Há muito internauta perfeitamente analfabeto e socialmente inútil.
Não estará na altura de oferecer mais uma mailbox gratuita para todos os portugueses?
É que estou a fazer colecção...
Houve a política do betão que trouxe alguns benefícios para toda a gente. Segue-se agora a política do silício que não me parece ser tão "democrática" nos resultados.
É certo que brinquedos destes, maiores e mais capazes, há muito que se fabricam por todo o mundo. Mas um computador pequenino, que ainda por cima apouca o grande Magalhães, só podia ser português. É uma obra à nossa medida!
Comentários para quê...?
http://diario.iol.pt/tecnologia/intel-magalhaes-tecnologia-socrates/977084-4069.html
Enviar um comentário