Numa coisa assiste razão à líder do PSD. O governo, o PS e os seus papagaios de papel dirigem-se a Ferreira Leite como se ela fosse a chefe do governo ou o como se o PSD fosse o "governo-sombra" do próprio governo. Faz lembrar os primeiros meses de Guterres, em 1995. Para eleger Jorge Sampaio contra Cavaco, estas mesmas almas "fingiam" que ainda não eram governo e que Cavaco representava o lado mau do que "estava". Estes agora "fingem" que já não são governo para as "questões duras" e que são proto-modernos para as "questões moles", como, por exemplo, o "urgente" tema do género. Vamos ter muito disto até às eleições. Ferreira Leite "transformada" no que não é e a "situação" a fingir que é outra coisa qualquer, precisamente "oposta" a tudo o que Ferreira Leite for. Sucede que Ferreira Leite ainda não é e eles são. São e estão. E não sei o que é mais perturbador. Se o silêncio de Ferreira Leite ou se a estéril histeria da propaganda de um país que não existe.
3 comentários:
Boa tarde,João.
É essa acuidade na análise que infelizmente não vemos nos meios de comunicação.
É preciso saber olhar através do manto de propaganda,porque eles são mestres.
A cartilha política de M.F.Leite não me é simpática,até porque não me parece longe da Socratinada.
Agora há parâmetros importantes,como a seriedade,onde penso que exite um fosso,assim o espero.
Propostas alternativas é o que lhe pedem. Eu pregunto: para quê? Soubesse a Senhora levar por diante o acompanhamento e fiscalização dos actos do (des)governo, com proficiência e rigor, e já não seria pouco. "Medidas alternativas" seria o couraçado da batalha naval que ocuparia Sócrates em todos os debates, a cortina de fumo para esconder os fracassos do seu governo, o sound-track para abafar os rumores da sua ineficácia, endereçando-os a ela.
Bem, se a senhora se mantiver calada, pelo menos não sucede como o Barroso, que prometeu baixar os impostos, e depois de eleito, desatou a gritar que o país estava de tanga, e aumentou-os.
O problema é que ficamos sem saber se está calada, mas tem ideias (que devia expor aos eleitores), ou se não tem mesmo ideia nenhuma.
Mais um enigma da esfinge à portuguesa ....
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