Como antigo aluno da Católica, também recebi os prospectos coloridos a que alude O Jansenista (via E. Pitta). E, como ele, também me deprime ver a universidade (praticamente todas) entregue à mercearia dos interesses, et pour cause, a «“biscateiros” sem carreira, sem obra, sem qualificações pedagógicas mínimas, sem produção científica (há sempre uma ou duas honrosas excepções). A razão é óbvia: a falta de dinheiro e a necessidade de “apoios institucionais”. Uns nomes sonantes da “nomenklatura” dão aulas gratuitamente e em troca fazem constar dos seus cartões de visita a condição de docentes universitários, e a instituição capitaliza com essa “gratidão curricular”. É a muito notória simbiose entre PS e ISCTE, desgraçadamente a dar o exemplo a outras instituições até agora mais zelosas do seu prestígio. Muito deprimente: não tarda nada temos o corpo docente da Católica ao nível do das demais “universidades” privadas, nas quais, como é sabido, os cadastrados escolares predominam e tendem a pontificar.» Noutro sentido, mas com a mesma preocupação, M.M. Carrilho chama a atenção para as «deprimentes condições terceiro-mundistas» em que funciona a universidade pública, « o que, sendo grave em si, mais grave se torna dado o contraste entre este retrato e o espírito de abastança com que se impulsionaram várias parcerias com Universidades americanas.» Como diria o outro, "ânimo e coragem".
1 comentário:
no meu tempo de coimbra dizia-se "quem sabe faz, quem não sabe ensina". com doutoramento pronto recusei dar aulas ao fim de um ano e fui para a indústria.ter-me-ia tornado um funcionário público que debita o mesmo durante 40 anos ou teria feito livro base ao fim de 10 anos e ficaria com a escumalha às costas.ao fim de um mês olhavam-me de soslaio
radical livre
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