Alberto Martins e os seus escuteiros amestrados aprovaram, com os votos do PC, do BE e de meia dúzia de PSD's, a alteração à lei do divórcio. Na mesma sessão, a "casa da democracia" dividiu-se sensivelmente no mesmo sentido por causa de um eventual "Museu do Estado Novo" em Santa Comba Dão. Uma associação qualquer de "anti-fascistas" destinada a "não apagar a memória" - aparentemente só a esquerda tem direito à memória - fez chegar uma petição à AR contra a pretensão da Câmara de Santa Comba Dão. António Filipe, um PC sério, "relatou" a petição e a sombra do Doutor Salazar voltou a pairar sobre as cabecinhas de avestruz da maioria dos nossos excelsos deputados. Estes seres ignoram que uma democracia adulta não deve ter fantasmas. E que a história é feita de lances de luz e sombra. A rasura de umas dezenas de anos de vida nacional, em nome da tranquilidade da "consciência" dos senhores deputados, é um gesto bronco e gratuito. A história, feia ou bonita, não "se apaga" com deliberações deste género. Nem sequer se trata de ser "pró" ou "contra" esse concreto pedaço dela. Trata-se, como sempre se tratou com a história, de tentar perceber sem preconceitos. Salazar e o seu regime estão mortos e enterrados em campa rasa. Ora o século XX português foi quase todo a história da sua preparação, do seu apogeu e do seu ocaso. A vasta maioria de esquerda que manda no Parlamento - desde o cachimbo do prof. Rosas, passando pelos "verdes" melancia até algum PSD envergonhado - de vez em quando perpetra destas provas de vida em nome da "memória", do "esquecimento" e do "progresso". Todavia, quem não tem "memória" não tem como a "apagar" e, muito menos, como "progredir". O Parlamento é, assim, cem vezes mais museológico do que seria um pequeno "Museu do Estado Novo" em Santa Comba Dão.
12 comentários:
Esta história do Museu faz me muita confusão. Não percebo qual é que é o problema. Lembro de quando tudo isto começou, de alguém ter dito que se "iria tornar o local de culto para muitos fascistas".
Também não há o Museu em Auschwitz?
Não tendo vivido no tempo da ditadura e pertencendo a uma nova geração é para mim bastante incompreensível que haja gente que diga que não se pode fazer o museu porque vem reavivar o espirito do Estado Novo. Na minha opinião passaram-se 30 e tal anos. Essa época já não faz, ou já não devia fazer parte das nossas vidas. Devia agora ocupar o seu lugar na História.
martins foi comandante de bandeira da mociedade portuguesa. fez carreira na patriotica orgsanização.lambeu as botas ao mestre António das ditas.
virou o disco e "aqui e agora" é anti-fascista profissional.
o falecido Prof. Manuel Antunes (SJ) dizia "nada pior que um ex-qualquer coisa".
radical livre
Há muito receio de que o povo miúdo venha a conhecer a personalidade e o carácter de Salazar e as realizações do Estado Novo. É que até agora só se tem mostrado os pôdres e as coisas negativas.
Assuta-lhes que a propaganda não seja suficiente para os proteger. Temem assim a comparação.
Até parece que sou a favor do Estado Novo. Não sou. Mas uma análise crítica esclarecida e sem preconceitos é absolutamente necessária para perceber o Estado Novo e porquê que desde o liberalismo Portugal nunca esteve económicamente tão saudável e tão forte como o foi no Estado Novo.
Xico
Exactamente os mesmos - com o sr. Costa à cabeça - que no passado 1º de Fevereiro se recusaram ao voto de repúdio ao assassinato do rei D. Carlos. Ainda tens ilusões, João?*
*esta praga de Costas já se tornou mania nacional!
Têm medo de quê, esses pelintras?
Extraordinário. Mais de 50.000 conteúdos com referência a "museu salazar comba dão".
Lembram-se da tia Odete num célebre número televisivo a propósito de Salazar? Está aqui. É bom, realmente, que "não apaguem a memória"...
Eu dantes não era salarazista, tinha ilusões ingénuas, era "democrata", até cheguei a ter um arrufo com a PIDE pouco antes do 25 de Abril. Agora? Viva Salazar e venha o museu!
Afinal, quem quer apagar a memória? Ou a memória é só para lembrar os aspectos negativos de um regime que também teve aspectos positivos? Ou porque têm medo que por comparação ao actual regime, o Estado Novo trouxe melhorias significativas ao desenvolvimento do nosso País?
Ainda há dias um senhor do actual regime referia-se na TV, aos aspectos positivos da actual gerência, aquilo que se fez e está a fazer em Sines. Alguém fez de lhe questão de recordar que o investimento de Sines foi iniciado no tempo de Marcello Caetano, o sucessor de Salazar. E o projecto do Alqueva não foi pensado nos finais dos anos 60? E as barrragens para o abastecimento da electricidade ao País (dezenas) de entre as quais a barragem de Picote? E as linhas ferroviárias? E os hospitais? E a modernização e o da zona oriental de Lisboa a começar pela Alameda, Av. de Roma Alvalade? Se este governo aposta nas obras públicas, como o do Prof. Cavaco, nada melhor do que se inspirarem nas obras realizadas no tempo da ditadura, devidamente planeadas, de acordo com as disponibilidades financeiras existentes por via de uma política orçamental rigorosa que não permitia derrapagens nos custos das obras públicas. Até a actual ponte 25 de Abril, inaugurada em 1966, foi entregue 6 meses antes do prazo previsto para a conclusão da obra.
Obviamente que o regime teve aspectos detestáveis como a censura e a polícia política, mas nem tudo pode ser avaliado de forma negativa. Tenhamos a ousadia de vermos esse capítulo da nossa história com o distanciamento que lhe é devido e não com ressabiamentos perfeitamente cretinos.
E para quando é a Casa Museu Aristides Sousa Mendes?
A força do Dr. Salazar, vem da fraqueza de quem o quer apagar.
Até eu andei a gritar pelas ruas
quando do 25 de abril, mal sabia
eu que estava a ser atraiçoado como tantos milhares de portugueses, com isto a que dão o nome de democracia, esta coisa só
foi para meia duzia de esilados politicos que logo no dia seguinte
se apoderaram do país. Numa noite
construiram uma ponte(era a ponte
salazar), teem agora medo que se faça
um museu em homenagem ao maior po-
litico de todos os tempos SALAZAR.
Tomaram-mos nós ele ainda cá estar...
Eu não sou e nunca fui salazarista... Mas esta história do museu causa-me alguma estranheza. O presidente da Câmara de Stª Comba Dão já disse e redisse que não era evocativo nem uma homenagem, seria um centro de estudos para para que não se volte a repetir o salazarismo.
Portanto não percebo a preocupação dos tais resistentes anti-fascistas (Partido Comunista Português e seus satélites). São os mesmos que recusam saudar a libertação dos reféns dos bandidos das FARC. E o Sr. António Filipe é o mesmo que, em 2000, foi avalizar a fraude eleitoral do Milosevic, na então esquartejada Juguslávia! E disse o Sr. Filipe: As eleições foram tão livres em Portugal!
Grande homenagem a Salazar a que o Sr. Filipe prestou ao adpatar a célebre frase do Botas em que "as eleições em Portugal foram tão livres como na livre Inglaterra!"
TN (SBA-Algarve)
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