A sociedade de advogados do dr. José Miguel Júdice despediu uma sua funcionária. A funcionária processou a sociedade e veio a descobrir-se que a dita sociedade possuia dívidas à segurança social, não tendo efectuado os legais descontos. Também parece que não pagava subsídio de férias e de natal à funcionária. O dr. Júdice é o mais recente moralista do regime, apaparicado pelo PS, pelo governo e pelo dr. Costa, em Lisboa. Não seria melhor o dr. Júdice começar por aplicar a sua "moral" à sua prestigiada e rendosa sociedade em vez de nos maçar com as suas extravagantes "posições"?
21 comentários:
Prova do dia, do pequeno estado da Nação:
13 horas, telejornais das quatro estações de TV:
notícia de abertura, em simultânio, a sentença disciplinar do futebol europeu para com Scolari.
Há-dem ir longe.
João,
A funcionária era uma Advogada. O que faz o caso mudar um bocadinho de figura. Sem prescindir, porém.
E essa funcionária ainda teve sorte, porque se estivesse a recibos verdes como estão os "estagiários" só podia processar-se a ela própria.
A escandaleira que grassa por esse pais fora é inqualificável.
Estamos a caminhar para uma sociedade em que ter uma vida modesta(trabalho, casa e familia) se está a tornar um previlégio.
O josef diz: "Há-dem ir longe."
Se é para longe ou não, não sei, mas que é para um local tenebroso, é-o, sem dúvida.
Cumprimentos
Há um só-cretino monstruoso por trás de qualquer Júdice.
Parece-me que o homem adora o estilo do PM e pelo visto o discurso vai no sentido oposto das acções. Pior para ele.
Aforismo: As "reservas morais" também acumulam fundos indevidos em reservas próprias.
Isso que diz é extraordinário a todos os títulos,sabendo nós que uma das condições para se prestarem serviços ao Estado é ter a situação com a Segurança Social regularizada!
Será que "regularizada" para o escritório do Sr. Judice é um qualquer plano de pagamentos que não cumpre,e que muito judiciosamente, faz prescrever?
Como é que esta gente foge ao controlo do "jornalismo de investigação"?
Anda nisto há tantos anos que me palpita que os (jornalistas) tem na mão!
Como é que esta questão, tão fácilmente detectada por qualquer funcionário, foge
a todo e qualquer controlo?
Esta gente tem muito poder!De onde vem é que não sei!
Aplica-se; olhai para o que digo, e não para o que eu faço!!!
Inqualificável!!!
De facto deve grassar farta exploração laboral nesse senhores que cobram milhões por estudos que vendem ao Estado onde os funcionários do dito os deveriam fazer( o que não convém para eles não ficarem a saber os pormenores das maroscas...)
Estranha personagem!
E, se fosse só isso!
Um dia quando a casa vier abaixo é que vamos saber tudo.
Cá por mim prefiro ser “cão sem dono” e não "ladrar" na sociedade do Dr. Pereira dos bois e do Dr. Júdice dos jobs for the boys .
Não estou nada admirado com o caso, pela simples razão de os moralistas deste desavergonhado país serem todos, mesmo todos, uma cambada que até "ganha" dinheiro com a sopa dos pobres.
Talvez por isso, já nem os posso ouvir ... quanto mais ver !
Frei Tomaz é um inocente ao lado desta camarilha !
Desculpai, mas no caso do agiota da quinta das lágrimas, impõe-se: não olheis para o que digo, nem para o que eu faço.
"possuia dívidas à segurança social,"
Então como é que trabalho para o estado?
Então como é que pode entrar em concursos?
Mais um rabo de fora a merecer investigação.
Josef,
Scolari?e então o bombeiro que colecciona esferográficas?que ocupou cerca de 5 minutos do jornal das 13h na Antena 1,com direito a entrevista?
há-dem,há-dem...
Caro João Gonçalves,
A senhora que foi para tribunal e chamou as televisões não era uma funcionária. Era uma advogada e associada da sociedade de advogados. Como sabe, os advogados não descontam para a segurança social, mas para a caixa de previdência. Para além disso, tratando-se de uma profissão liberal, são os próprios advogados que têm a obrigação de fazer os descontos e não as sociedades em que trabalham. Acresce que esta senhora, advogada e profissional liberal, veio reclamar subsídio de Natal e de férias, sabendo bem que num contrato de prestação de serviços não há lugar a nada disso. Se se der ao trabalho de tentar perceber este caso, e não se ficar pelas manchetes feitas por jornalistas ignorantes que tanto critica, perceberá que este caso é grotesco. A tal "funcionária", sabendo do potencial impacto que uma notícia como esta teria, tentou extorquir dinheiro à sociedade de advogados de um modo grotesco. Obviamente que a sociedade não transigiu. Daqui a uns tempos, o Tribunal decidirá a favor da sociedade, pois, tudo o que esta fez fê-lo de acordo com a lei. Espero que nessa altura, apesar do ódio que nutre pelo "Dr, Júdice" e que o faz escrever posts no mínimo ignorantes, tenha a decência de pôr aqui qualquer coisa.
eduardo
Eduardo
Se é como diz, espero que a verdade seja reposta, e que aproveitem a vossa condição de advogados para pôr em Tribunal os tais jornalistas ignorantes!
Neste caso, nem sequer se podem ocultar atrás das fontes, e como é costume nem sequer exerceram o direito ao contraditório, pois um escritório de advogados não deixaria de dar as satisfações necessárias.
Força neles, que estes ignorantes jornalistas há muito que merecem ser tratados como irresponsáveis!
O Dr. Eduardo, que pelos vistos sabe do que fala, sabe também que é matéria muito controvertida essa de saber se o vínculo jurídico entre as sociedades de advogados e os seus associados é um contrato de trabalho ou um contrato puro e simples de prestação de serviços. É que, como sabe, a diferença é substancial, nos contratos de trabalho a entidade patronal, entre outras obrigações, tem a de pagar a sua parte de segurança social e não pode despedir o trabalhador sem justa causa e sem processo disciplinar. No contrato de prestação de serviços não se passa nada disso. E essa matéria tem sido discutida e até já mereceu decisões judiciais que consideraram que no caso de um associado de um escritório de advogados estamos perante um contrato de trabalho. E de facto assim parece ser pois na sua maioria os associados trabalham sob a autoridade e a direcção de sócios da sociedade, elementos determinantes na qualificação da relação como relação laboral, como também sabe.
Portanto, não é liquido que a sociedade de advogados do Dr. Júdice tenha feito tudo bem (no que aliás é acompanhada por TODAS as sociedades de advogados, o que se compreende pois fica mais barato). Antes pelo contrário parece ter feito alguma coisa mal. E não só a esta senhora.
Não conheço a senhora nem a acção, mas julgo que não será uma acção por dividas à segurança social que está em causa mas sim uma acção de impugnação de despedimento. Talvez os senhores jornalistas devessem ser mais atentos, em vez de engolirem a primeira coisa que lhes dizem.
Por fim: a senhora vinga-se. É feio, concordo. Mas isso não resolve o problema.
E só mais uma nota ao Dr. Eduardo: é que não é por os advogados serem, de acordo com o termo de uso corrente "profissionais liberais", que não podem exercer a sua actividade no âmbito de contratos de trabalho: veja-se os advogados de empresa e os que trabalham em organismos públicos. São trabalhadores subordinados e são advogados. Por isso não diga que a senhora é "advogada profissional liberal" como se isso resolvesse o problema. Não resolve.
Mas esses, os das empresas, se descontarem para a caixa de previdência dos advogados, descontam do seu bolso.
Porém, a empresa desconta também e não os despede sem justa causa nem sem processo disciplinar.
O ponto, em todo o caso, é que lá por serem advogados não deixam de ser trabalhadores nos termos da lei, lei que as sociedades de advogados pura e simplesmente desconsideram por uma simples razão: é mais barato, não lhe interessa.
Tem muita razão o "anónimo". A jurisprudência recente inclina - se para considerar um advogado "ao serviço" destas "grandes sociedades" como um trabalhador dependente. Pelo que a opinião do comentador eduardo arrisca -se a não passar disso. Uma mera opinião. Veremos o que diz o Tribunal de Trabalho. Quanto ao senhor júdice é um bom exemplo do estado a que isto chegou e da falta de vergonha generalizada.
Enviar um comentário