4.5.07

LINEAR

Até este já goza com o outro.

2 comentários:

Anónimo disse...

Estamos entregues a uns "engenheiros" de pacotilha que nos vão deixar uma "herança" de monta. Entretanto, saiu mais uma notícia sobre outra "jóia" da "coroa" deste governo. Segundo o "Público" de ontem, o preço do bilhete da viagem em TGV entre Lisboa e Madrid não será competitivo (sendo até dos mais caros da Europa) com as companhias aéreas "low-cost", e não permitirá amortecer o investimento com a infraestrutura. Mais um mamute branco em perspectiva.


"Bilhete de TGV entre Lisboa e Madrid vai custar 100 euros

03.05.2007, Carlos Cipriano


Preço é superior ao que se paga
em idênticas distâncias na Europa. Valor foi divulgado pela secretária
de Estado Ana Paula Vitorino


Os bilhetes em TGV entre Lisboa e a capital do país vizinho deverão rondar os 100 euros. Quem o diz é a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, em entrevista ao Acção Socialista (30/04/2007), acrescentando que é um "valor que se apresenta altamente competitivo, sobretudo face aos preços praticados pela aviação comercial".
José Manuel Viegas, especialista em transportes, diz que os 100 euros referidos pela governante foram precisamente o valor a que ele chegou num estudo que fez em 2001 para o Instituto Nacional do Transporte Ferroviário. "Apuramos esse valor através de um benchmark de preços internacionais, mas nessa altura não havia as low cost como há hoje", disse ao PÚBLICO. Resultado: se na altura já havia dúvidas quanto à rentabilidade da linha de alta velocidade Lisboa-Madrid, agora mais difícil será que as receitas venham a pagar os custos operacionais. O investimento na infra-estrutura, esse, é para esquecer porque jamais será amortizado.
"Com esse nível tarifário, outras linhas na Europa atingem a cobertura operacional, mas entre cidades inseridas em zonas metropolitanas mais populosas e com maior poder de compra", diz José Manuel Viegas. Acresce que os portugueses têm também menos mobilidade que os restantes europeus, pelo que - repete - as dúvidas são muitas quanto à possibilidade de as receitas do TGV entre Lisboa e Madrid pagarem os custos de exploração.
Mas não será apenas ao nível das várias linhas europeias que se farão sentir os problemas de competitividade. Caso se olhe para os preços praticados actualmente pelas companhias de aviação (ver segundo texto nesta página), rapidamente se percebe que uma viagem de Lisboa para Madrid poderá não ser a melhor opção.
Subsidiação não resolve
E se Portugal e Espanha subsidiarem o operador? Aí, diz, pode bem acontecer que uma Voeling (companhia de baixo custo que voa entre Lisboa e Madrid) apresente uma queixa por concorrência desleal à Comissão Europeia.
"Numa fase inicial, durante um período de promoção, a Comissão Europeia até pode aceitar que os dois estados ajudem o serviço, mas depois não. E o risco é fazer-se um investimento para arrancar com um serviço que durará três anos e depois ter de parar", alertou.
Seja como for, os 100 euros são um preço médio, uma vez que todos os operadores ferroviários que têm comboios de alta velocidade praticam tarifas diferentes consoante as horas e os dias da semana em que se viaja. Mas basta ver os preços praticados, por exemplo, pelo TGV entre a capital francesa e Marselha (750 quilómetros de distância feitos em três horas) para ver como estes são mais baratos: 76 euros é o preço "normal", 94 euros o da hora de ponta, 63 euros o preço de promoção e 44 euros o do último TGV do dia.
De Paris a Montpellier (570 quilómetros) o preço oscila entre 33 e os 76 euros e para Bordéus (540 quilómetros) o TGV pode custar entre 41 e 65 euros.
Olhando para viagens entre países diferentes, as conclusões não diferem muito. De Paris a Amesterdão (500 quilómetros de distância) em alta velocidade viaja-se por 112,40 euros, mas é possível encontrar, com restrições, tarifas a 34,50 euros. E na Alemanha o ICE (comboio de alta velocidade alemão) custa 104 euros entre Frankfurt e Berlim (420 quilómetros).
Em Espanha, o AVE (Alta Velocidad Española) custa de Madrid e Sevilha (470 quilómetros) entre 66 a 72 euros em classe turística, cerca de 100 euros em preferente e 131 euros na classe club.
Segundo o projecto apresentado pelo Governo português para a alta velocidade, a linha Lisboa-Madrid estará concluída em 2013 e será percorrida em 2 horas e 45 minutos. Estão previstas 14 circulações em cada sentido.
A maioria das 175 empresas ferroviárias associadas da União Internacional dos Caminhos de Ferro registou um aumento do tráfego de passageiros e de mercadorias em 2006. Na Europa as mercadorias, expressas em toneladas por quilómetro, cresceram 4,9 por cento e os passageiros por quilómetro aumentaram 2,5 por cento. A aparente retoma resulta, em parte, de gigantes dos caminhos-de-ferro como a China (cresceu 14 por cento nos passageiros e 11 nas mercadorias), a Índia (7 e 8 por cento respectivamente) e a Rússia (4 e 5 por cento). A CP teve um acréscimo de 2 por cento nos passageiros e de 1,7 nas mercadorias."

Anónimo disse...

"Bronco Lino",
um engenheiro acima de toda a suspeita.
Ali está uma excelente intervenção.
Para que Sócrates o dispense.
Sob pena de o aldrabão (que não conhece/que não há outros estudos sobre o NAER), ficar indelèvelmente associado,
a outor aldrabão (não haverá aumentos de impostos na legislatura).
Nada a fazer!