13.5.07

LÁ E CÁ

Da primeira à última linha do seu artigo do Público sobre a alegada "turcofilia", turcofobia" - reproduzido no Abrupto - o JPP só reforça - com o "peso" da história, da evidência e da peripécia - as razões por que ela deve ficar fora da "Europa" a vinte e não sei quantos. Também comungo do seu gosto por esse fascinante país, sobretudo por uma das mais belas e contraditórias cidades do mundo, Istambul. Todavia é "lá" que o aprecio. Não é "cá".

6 comentários:

Anónimo disse...

Com as devidas adaptações, foi com discursos deste género que se "legitimou" a intervenção militar no Iraque, ainda que, de uma forma mais ou menos subtil, muitos dos que agora são contra, não tugiram, nem mugiram, aquando da cimeira dos Açores.


Posts como este e como os do Dr. Pacheco Pereira, prestam um péssimo serviço a uma opinião pública, muito pouco esclarecida.

Convém, por fim, notar que essa de ir "lá" para frequentar banhos, massagens, tomar uns chás e chupar uns narguilés, não significa turismo, antes um significa um neocolonialismo encapotado, que a Turquia dispensa, face ao seu potencial geo-estratégico e não só.

Essa de acantonar a Turquia, pode ter consequências graves que se traduzirão numa balcanização da Europa e a experiência demonstra-nos no que é que isso deu.

Com este post, está a prestar um péssimo serviço privado.

Que fique para memória futura!

António Viriato disse...

Que diabo terá dado na cabeça de certos europeus e americanos, tecnocratas por maioria, mas também alguns atirados a intelectuais esclarecidos, para nos quererem à viva força, intelectual, por sorte e por enquanto, converter a uma turcofilia militante, avessa a todos os factos, a todas as provas da sua falta de integração no espírito europeu, para já não falar no argumento geográfico, físico, de si mesmo mais resistente à demagogia política ?

Anónimo disse...

Este argumento geografico é pouco realista porque por exemplo a "guadeloupe", a "guyane" francesa (ao norte do Brasil), a Nouvelle-calédonie (no pacifico, a ilha da Réunion (perto de Moçambique) etc... fazem parte da França portanto da Uniao Europeia.
A UE nao se refere a um territorio mas sim a um conjunto de valores. Se a Turquia se juntar a esta comunidade de valores, nao vejo nenhum problema na sua integraçao. Mas isto ainda vai levar muito tempo, este Sarkozy ja nao sera presidente e até pode mudar de opiniao como o seu maestro Chirac.

Tambem, ha que dizer que muitos nao queriam a entrada de Portugal o de Espanha na CEE como por exemplo o Chirac. Hoje em dia, o melhor advogado da Turquia. O discurso de hoje contra a Turquia é semelhante ao de ontem contra POrtugal.

E nem falo do legado Filosofico,literario da Turquia a nossa civilisaçao !!!

Anónimo disse...

António Viriato:


O que nos deus na cabeça, foi apetecer-nos ver a Helena Matos e a Fátima Bonifácio, de bourka, por exemplo.

Já para não falar na Judite de Sousa ou na Fátima Campos Ferreira, de boca tapada.

Talvez com estes exemplos, possa perceber.

Anónimo disse...

E no entanto, se abandonamos a Turquia, ela pode virar-se para outros lados.
Faz sentido em termos geoestratégicos, não em termos europeus. Precisamos dela do "nosso" lado, mas a sua integração traz problemas que, porque a própria Turquia ainda não resolveu, podem contaminar a UE, numa altura em que já se alargou muito, sem a correspondente consolidação.
Depois de muitos anos, parece que voltamos ao mercado comum.

Anónimo disse...

mjp:

"E no entanto, se abandonamos a Turquia, ela pode virar-se para outros lados.
Faz sentido em termos geoestratégicos, não em termos europeus".

Subscrevo, na íntegra, esta tiradas.