Ontem pareceu-me ouvir o senhor Scolari, uma espécie de herói-vilão da nossa história contemporânea, falar em "palhaçadas". Depois, escuto que o governo português, não sei bem por que voz, não deixa sair os pobres dos GNR'S - que patrioticamente e com estardalhaço enviou para Timor - do quartel em Dili. Não se sabe quem manda neles, se o dr. Costa e o prof. Amaral, se a Austrália. Aqui, na Alemanha ou em Timor, o que é certo é que o sr. Scolari, desta vez, acertou no diagnóstico.
3 comentários:
Bem prega Frei Felipão quando fala em palhaçadas. Mais parece o bombeiro pirómano, com tantas rábulas no activo, desde o mistério-Baía ao vai-não vai para Inglaterra, passando pela crise de autoritarismo face a Agostinho.
Scolari que vende a banha da cobra dos relógios da Federação, que aparece em mil outros anúncios, vem agora dar lições de ética?
Scolari foi campeão do Mundo graças aos jogadores e aos árbitros que prejudicaram escandalosamente a Turquia e a Bélgica.
O homem tem lata, tem um bom amigo no "insuspeito" Madaíl e pouco mais.
... e, porque não este lindíssimo poema, que acabo de reler aqui neste Blog
... não me perguntem porquê mas, no meio de tanta coisa,, menos boa, talvez nos ajude a reconfortar a “alma”
... que me perdoe o autor deste Blog ...
...
ODE À NOITE
Vem, Noite antiquíssima e idêntica,
Noite Rainha nascida destronada,
Noite igual por dentro ao silêncio, Noite
Com as estrelas lentejoulas rápidas
No teu vestido franjado de Infinito.
Vem, vagamente,
Vem, levemente,
Vem sozinha, solene, com as mãos caídas
Ao teu lado, vem
E traz os montes longínquos para o pé das árvores próximas,
Funde num campo teu todos os campos que vejo,
Faze da montanha um bloco só do teu corpo,
Apaga-lhe todas as diferenças que de longe vejo,
Todas as estradas que a sobem,
Todas as várias árvores que a fazem verde-escuro ao longe.
Todas as casas brancas e com fumo entre as árvores,
E deixa só uma luz e outra luz e mais outra,
Na distância imprecisa e vagamente perturbadora,
Na distância subitamente impossível de percorrer.
Nossa Senhora
Das coisas impossíveis que procuramos em vão,
Dos sonhos que vêm ter conosco ao crepúsculo, à janela,
Dos propósitos que nos acariciam
Nos grandes terraços dos hotéis cosmopolitas
Ao som europeu das músicas e das vozes longe e perto,
E que doem por sabermos que nunca os realizaremos...
Vem, e embala-nos,
Vem e afaga-nos.
Beija-nos silenciosamente na fronte,
Tão levemente na fronte que não saibamos que nos beijam
Senão por uma diferença na alma.
E um vago soluço partindo melodiosamente
Do antiquíssimo de nós
Onde têm raiz todas essas árvores de maravilha
Cujos frutos são os sonhos que afagamos e amamos
Porque os sabemos fora de relação com o que há na vida.
Vem soleníssima,
Soleníssima e cheia
De uma oculta vontade de soluçar,
Talvez porque a alma é grande e a vida pequena,
E todos os gestos não saem do nosso corpo
E só alcançamos onde o nosso braço chega,
E só vemos até onde chega o nosso olhar.
Vem, dolorosa,
Mater-Dolorosa das Angústias dos Tímidos,
Turris-Eburnea das Tristezas dos Desprezados,
Mão fresca sobre a testa em febre dos humildes,
Sabor de água sobre os lábios secos dos Cansados.
Vem, lá do fundo
Do horizonte lívido,
Vem e arranca-me
Do solo de angústia e de inutilidade
Onde vicejo.
Apanha-me do meu solo, malmequer esquecido,
Folha a folha lê em mim não sei que sina
E desfolha-me para teu agrado,
Para teu agrado silencioso e fresco.
Uma folha de mim lança para o Norte,
Onde estão as cidades de Hoje que eu tanto amei;
Outra folha de mim lança para o Sul,
Onde estão os mares que os Navegadores abriram;
Outra folha minha atira ao Ocidente,
Onde arde ao rubro tudo o que talvez seja o Futuro,
Que eu sem conhecer adoro;
E a outra, as outras, o resto de mim
Atira ao Oriente,
Ao Oriente donde vem tudo, o dia e a fé,
Ao Oriente pomposo e fanático e quente,
Ao Oriente excessivo que eu nunca verei,
Ao Oriente budista, bramânico, sintoísta,
Ao Oriente que tudo o que nós não temos,
Que tudo o que nós não somos,
Ao Oriente onde — quem sabe? — Cristo talvez ainda hoje viva,
Onde Deus talvez exista realmente e mandando tudo...
Vem sobre os mares,
Sobre os mares maiores,
Sobre os mares sem horizontes precisos,
Vem e passa a mão pelo dorso da fera,
E acalma-o misteriosamente,
ó domadora hipnótica das coisas que se agitam muito!
Vem, cuidadosa,
Vem, maternal,
Pé ante pé enfermeira antiquíssima, que te sentaste
À cabeceira dos deuses das fés já perdidas,
E que viste nascer Jeová e Júpiter,
E sorriste porque tudo te é falso é inútil.
Vem, Noite silenciosa e extática,
Vem envolver na noite manto branco
O meu coração...
Serenamente como uma brisa na tarde leve,
Tranqüilamente com um gesto materno afagando.
Com as estrelas luzindo nas tuas mãos
E a lua máscara misteriosa sobre a tua face.
Todos os sons soam de outra maneira
Quando tu vens.
Quando tu entras baixam todas as vozes,
Ninguém te vê entrar.
Ninguém sabe quando entraste,
Senão de repente, vendo que tudo se recolhe,
Que tudo perde as arestas e as cores,
E que no alto céu ainda claramente azul
Já crescente nítido, ou círculo branco, ou mera luz nova que vem.
A lua começa a ser real.
(Álvaro de Campos, excerto de Ode)
.
Olá Bloguer. Não há para aí uns artigos sobre ENERGIAS RENOVÁVEIS ?!?!?!
CONCURSO SOLAR PADRE HIMALAIA - Edição 2006: Divulgação das ENERGIAS RENOVÁVEIS.
Em http://www.cienciaviva.pt/rede/energia/himalaya2006/home/
Ou em http://www.cienciaviva.pt/home/ / Concurso Solar Padre Himalaya / Uma iniciativa da SPES para a divulgação das energias renováveis, com o apoio da Ciência Viva.
CURIOSIDADE: Uma Cidade Renovável. Ver http://www.energiasrenovaveis.com/html/canais/cr/cr.htm
MELHORIAS:
MELHORIA 1: Portugal vai ter a MAIOR CENTRAL DO MUNDO de produção de energia fotovoltaica.
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1259899
MELHORIA 2: Portugal vai ter o PRIMEIRO PARQUE MUNDIAL de aproveitamento da energia das ondas.
http://dn.sapo.pt/2006/05/12/economia/enersis_instala_primeiro_parque_onda.html
PROPOSTA DE MELHORIA:
As praias da costa Portuguesa estão a ser “comidas” pelo mar.
Construam DIQUES PROTECTORES que sejam PLATAFORMAS GERADORAS de ENERGIA DAS ONDAS.
Braga, 19.4.2006
mauricio_102@sapo.pt
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