12.6.09

NINGUÉM SE LEMBRARÁ DELE QUANDO SAIR

Quem será o "ministro" da educação, colega dele no governo, com quem Pinto Ribeiro "falou" antes de visitar Luanda? Pinto Ribeiro nunca chegou a ser propriamente ministro da cultura. Até Manuel Pinho (e, presumivelmente, a sua esposa) é "mais" ministro da cultura do que ele. Agora, Lurdes Rodrigues, a devastadora e devastada ministra da educação, é trocada por outro qualquer no jargão de Pinto Ribeiro. O homem quer escolinhas portuguesas nos PALOP. Muito bem. Será que os PALOP - em particular Angola, esse novo país colonizador de Portugal - estão interessados neste "projecto de excelência" que Ribeiro, saído do seu estupor ministerial para se aliviar da maleita do fardo em África, lhes foi oferecer? «É preciso fazê-lo inteligentemente, agilmente e rigorosamente, mas não tenho dúvida de que isso se fará e nos próximos tempos», assegura Ribeiro que, por sinal, não tem feito nada. O que vale é que os "próximos tempos" já não serão dele. O PS precisa de uns "estados gerais" na cultura. Nem a direita, no seu interregno breve, foi tão má quanto Pires de Lima e este advogado de sucesso em quatro anos de admirável líder. Regresse rapidamente à sua sociedade jurídica onde certamente faz mais falta do que ao país. Ninguém se lembrará dele quando sair.

8 comentários:

Anónimo disse...

a ideia da escola é óptima. só perca por tardia.

ana disse...

Os deputados da nação a cumprir os desejos do POVO.
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1260834

Podemos não gostar mas isto é a Democracia em acção!!

radical livre disse...

interesso-me particularmente pela loucura.
no séc. XIII um exótico de nome Nigel Wirecker escreveu «espelho dos loucos» (speculum stultorum), cujo nºé infinito. esta republiqueta socialista acrescenta mais um capítulo.

sobre este indigena incluido na lista dos ministros diria dois provérbios latinos:
atira tudo para o futuro (in reliquum tempus),
demasiado lento no trabalho (in labore nimis remissus).
aprendeu com o dono

colt-ura
ou
cul-tura

Anónimo disse...

Mais um do governo a exprimir-se mal. Porque, de facto, precisamos de manter a língua portuguesa nos Palops e nas comunidades emigradas, não por fátuo panache, mas porque é a falar que se fazem negócios. E estes, precisa Portugal deles como de pão para a boca.

Buriti disse...

Já não sei o que poderá ser dito para comentar tanta asneira. Provavelmente será melhor recomendar-lhes que marquem consultas no otorrinolaringologista, no oftalmologista e no neurologista. Essa gente está sem sentidos...

Se isto não resultar, sei lá, talvez a psiquiatria.

Anónimo disse...

Pinto Ribeiro está entre os cinco homens mais bem vestidos de Portugal. Merecia outro tratamento. Aquela lista inclui também o Dr. Paulo Portas. Respeite-se mais o estilo, está bem?!

Anónimo disse...

obviamente que manter nesses países uma escola portuguesa de excelência capaz de captar os filhos das elites traz vantagens económicas. gozar com isso é óbvia cegueira militante.

Alexandre disse...

Não foi tão má? Na minha área, a da arqueologia subaquática, foi, sim senhor. Basta relembrar que, em1993, Pedro Santana Lopes, então Secretário de Estado da Cultura, produziu um decreto – o D.L. 298/93, de 21 de Agosto – que legalizava a caça aos tesouros em Portugal, ou seja, legalizava a destruição de sítios arqueológicos por empresas de salvados para resgate e venda de artefactos com valor no mercado de antiguidades.

E que a ex-ministra da Cultura, Maria João Bustorff Silva, fazia parte do "conselho científico" da empresa de caça aos tesouros Arqueonautas SA e que, claro, nada fez para tentar parar a destruição de navios portugueses por essa empresa em Moçambique, como prometera publicamente o seu antecessor, Pedro Roseta, na sequência da venda por aquela empresa, na Christie’s de Amsterdão, de porcelanas e lingotes de ouro retirados de um navio português? Bela ministra da Cultura, essa que apoiava a destruição sistemática dos sítios arqueológicos – sobretudo dos restos dos cascos dos navios, que contêm informações vitais para o conhecimento da construção naval portuguesa, no âmbito da história da ciência e da tecnologia – e a venda de artefactos de contextos arqueológicos coerentes, desbaratando para sempre as colecções e impossibilitando o seu estudo, presente e futuro.