«A bola está no campo das direitas. Conseguirão PSD e CDS formular o projecto de uma nova maioria reformista, aberta e plural? Se sim, talvez possam captar os "modernizadores" que estão no PS – o equivalente dos reformadores que em 1979 saíram do PS para a AD – e deixar o resto das esquerdas entretido a reviver em minoria o sectarismo de 1975.»
Fotos: Ephemera.
Nota: Um leitor chama, e bem, a atenção para a coisa das maiorias absolutas. A opinião descrita acima é de Rui Ramos e citei-a porque me recorda melhores tempos. É evidente que a AD que ali se menciona (a de 1979) nada tem a ver com a actual direita nos partidos, o PSD e o CDS. Por exemplo, como Marcelo, julgo que o PSD não deve votar favoravelmente a moção de censura do dr. Portas, uma exibição folclórica gratuita do tipo "eu fiquei, vejam como eu fiquei." Mais. Espero que das legislativas resulte um governo minoritário preferencialmente liderado pelo PSD que obrigue a uma maior intervenção na vida política (não na partidária, naturalmente) do Presidente da República. E que a legislatura se interrompa, então sim, para mudar o regime, fazer uma revisão constitucional e reorganizar aquilo a que apelidam de "espectro (nunca o termo foi tão apropriado) partidário". Por que não, a seu tempo e para um século XXI ainda tão frágil e a começar, uma UMP entre nós?
2 comentários:
Pensei que toda a gente já tinha concordado que as maiorias não são saudáveis... Muito me contam, agora que o barco virou.
É urgente uma transição pacífica e "pactada" do actual regime para outro assente em princípios e valores que permitam pôr um termo à partidocracia vigente e levar a cabo uma agenda reformista consequente.As condições para tal começam a estar criadas.
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