O comendador Berardo e o seu director artístico estão muito satisfeitos com o "sucesso" do Museu no CCB. O CCB, recorda-se, é um equipamento público que foi ocupado pelo senhor comendador, com a benção do líder supremo, acto aliás testemunhado por dois notários ilustres, a então ministra da cultura Pires de Lima e o insigne Mega Ferreira. Aos poucos, o senhor comendador foi fazendo do Museu - e do CCB que o acolheu - o que quis, mantendo aquele espaço cativo da sua colecção da qual foi retirando subtilmente uma peça aqui e outra acolá para exposições lá fora. No fundo, o CCB é o armazém do senhor comendador. Muita gente que não consegue distinguir um Matisse de um Balthus acorreu ao armazém para se lavar, durante breves instantes, em cultura. As borlas também ajudaram. Não admira, pois, que o director artístico do senhor comendador fale em «procurar o equilíbrio entre o grande público e o mais experimental.» O armazém em que se tornou o CCB - presidido ficticiamente pelo enorme Mega - é a nova feira popular. O senhor comendador fornece as barraquinhas de tiro, o carroussel e o trapézio. Ou seja, o «equilíbrio entre o grande público e o mais experimental.» Está certo.
11 comentários:
Tem toda a razão JG!!!!!!!
e já agora só uma questão :
Como foi nos anos anteriores? ...quantas exposições recheadas com obras de Matisse ( ou de um Balthus, que eu não as sei de facto destinguir ...) ???
Qual a afluencia de publico ???
Eu já lá fui 2 vezes, com a minha filha de 8 anos. Fui mais duas com a minha namorada ...
...em 2 das vezes, acompanhei as explicações dos "guias", sobre as obras expostas e sobre os autores das mesmas, com o respectivo enquadramento histórico !
Sei que tanto para mim, como para as pessoas que me acompanharam, foram de facto experiencias enriquecedoras!
dai a minha pergunta ... como era antes do Museu Berardo ???
Não deixa de ser curioso ver um socialista à frente de uma obra maldita para o seu partido.
esta ditadura socialista, com o sem joe, conduziu portugal para a sua expressão mais simples.
a megalomania tomou conta da saloiada deslumbrada.
podem chamar-me inculto mas nem gratuitamente tenciono
visitar a exposição.
tenho outras prioridades
Se não fôr para mudar para uma coisa excepcionalíssima, não haverá força no argumento que valha porque a colecção do comendador é excepcional em qualquer lugar do mundo,e nunca será um prejuízo para os portuguese pagarem a luz do museu berardo.A colecção não foi começada em 98,já existia e por bem coube num edifício erguido para outro fim.Não joguem abaixo uma flor quando em Portugal o estado terraplana roseirais grandes todos os dias.
Maquis Algarvios
Absolutamene de acordo.
Fui logo de início, era razoável mas longe de como dizia o senhor engenheiro "colocar Lisboa na rota dos museus".
Voltei lá mais três ou quatro vezes (por ser de borla) e noto que cada vez está pior.
Coloquei algumas fotos interessantes no meu blog colectivo de fotografias.
Antes de ser Museu Berardo era um verdadeiro Centro Cultural que trazia exposições e projectos actualizados com um rigor de programação ao nível do melhor que se vê lá fora.
Agora é só mesmo um armazém com obras de gosto duvidoso coleccionadas sem grande critério de qualidade por serem de segunda linha dentro das tipologias a que pertencem.
Agora organiza-se o mesmo limitado acervo em relações de temática vária para gáudio dos umbigos dos exmos. srs. comissários e da bamburrilha que cegamente os ovaciona...
Ainda hoje o Berardo diz que no BCP continuam a roubar....
Grande Comendador!
Grande colecção?
Um Homem que comprou a Mona Lisa e continua a não saber falar Português?
Acho piada a ter escolhido, precisamente, Balthus. Que tem uma obra um tanto repetitiva... O meu preferido é o quadro em que está uma moça refastelada num divã e um rapaz a tratar do lume... Um abraço, grande João.
Quando era miúda passava as tardes na gulbenkien,sabia o que estava e o que tinha sido emprestado, mas a minha adoração era e é a salinha de arte nova!
Enviar um comentário