15.5.07

ANTÓNIO COSTA EM TREZE MINUTOS


Quando ainda fingia que não era nada com ele, António Costa gastou treze minutos de telemóvel a tentar demover Roseta da sua aventura lisboeta. Costa, naturalmente, não possui uma ideia para Lisboa a não ser a que nunca lhe saiu da cabeça: mandar nela. Sai directamente do directório socialista e do governo para lá, porque sim. Outro transfuga, convém recordar, já que começou a saison eleito para o Parlamento Europeu, em 2004. Dá-lhe jeito. Por um lado, aparece como o problem solver de Sócrates, o bombeiro de luxo que se prontificou a "imolar" pelo chefe de quem já desconfia. Por outro, e se for bem sucedido, instala-se na Praça do Município a partir da qual pode gerir à vontade o seu privativo quartel-general - um pouco espalhado por todos os ministérios - para o que der e vier e, sobretudo, para o caso de Sócrates "não dar". Ninguém o pode acusar de nada. Então não foi ele quem se "sacrificou" pela honra rosa? Acontece que, ao escolher Costa ou com Costa a escolher-se a si mesmo, o PS e o seu dirigente limitam-se a tratar de intendência por interposta CML. Como tem feito o PSD que a transformou no seu Coliseu de Roma, povoado de pequenos césares, de pequenos leões, de pequenas vítimas e de grandes traições. António Costa é apenas mais um que vem para tratar da vida partidária. Da dele, naturalmente. Tudo deve estar nessa preciosa conversa de treze minutos com Helena Roseta. Roseta não vai a lado nenhum - ao menos que chegue a vereadora - mas guardará para sempre o "segredo" dos treze minutos. Costa tem mês e meio para desfazer tudo o que andou a fazer enquanto ministro com a tutela municipal. Presumo que os seus putativos "colegas" autarcas não se cansarão de lho recordar. Em treze ou mais minutos.

1 comentário:

Anónimo disse...

...e quando é que acaba esta SAGA ???