18.6.06

TV SEM MUNDIAL


Vasco Pulido Valente, na :2, logo, às 22:30 horas, no programa Diga Lá Excelência.

12 comentários:

GONIO disse...

Ouvi na Renascença. O homem continua lúcido e desiludido com esta choldra. Parece o Prof. Marques Bessa, que deu uma entrevista a O Diabo de 6 de Junho. A mesma lucidez, a mesma frontalidade. Por vezes parece confuso, mas é o Pulido Valente como ele é!

Anónimo disse...

confuso e delirante

João Gonçalves disse...

"Confuso e delirante"...? Deve estar a falar do país.

Anónimo disse...

Não, não. Falo de VPV. Um caos total.Como eram confrangedores os facies de JMF e da mocinha da R Renascença à medida que o homem ia debitando tanta aleivosia...Um desastre, um flop comme d'habitude.

João Gonçalves disse...

O VPV não faz circo, não tem mamas apresentáveis, não sorri estupidamente e não é politicamente correcto. Ou seja, "não passa" na televisão. Depois, escreve. Bem. Nem toda a gente que escreve e que pensa bem, fala melhor.Se ele tivesse ali a debitar frivolidades, talvez V. não lhe chamasse "aleivosia". Pode ser que daqui a quinze dias entrevistem o Cristiano Ronaldo. Aí sim, V. vai ver o que é "falar".

Anónimo disse...

Inimitável e igual si próprio. Existem pessoas que deviam merecer um selo de garantia, um passe acrescido em longevidade. Merecem mesmo cá andar mais tempo. O VPV é um deles

António Viriato disse...

A entrevista não correspondeu à expectativa. VPV precisa de mais tempo para expor, explanar as ideias que, por vezes, não lhe surgem na sua perfeita ordenação.

Segundo os cânones actuais não é um Comunicador. Escreve bem melhor do que fala, o que acontece com muitos outros.

António José Saraiva, por exemplo, escrevia tudo com grande primor e originalidade, era um crítico da realidade política deveras perspicaz, para além do excelente historiador da cultura literária portuguesa que sempre foi, mas era um sofrível orador.

Com Vitorino Nemésio, de quem ainda escutei as deliciosas charlas do seu saudoso programa « Se Bem me Lembro... » acontecia algo de semelhante. Tinha um discurso arrastado, aos solavancos, que avançava à procura das palavras, mas sempre norteado por um raciocínio forte, encadeado, original e muito denso de conhecimento, que prendia o ouvinte ou telespectador.

Mesmo o refinado homem de letras, David Mourão-Ferreira, talvez o maior Comunicador de sempre da TV portuguesa, não era um orador muito fluente, antes falava com bastantes pausas, como que medindo o sentido de cada palavra que buscava com rigor, para exprimir o seu pensamento, num discurso vivo, penetrante, mas nada rápido, que deixava, no entanto, maravilhado quem o escutava.

Só com o advento da Democracia de Abril, se impôs esta exigência da rapidez discursiva, sacrificando, se necessário, a consistência da mensagem, sem que ninguém se importe com isso, porque o tempo é sempre limitado, salvo para conversas futebolísticas.

Por isso, pessoas como VPV passam mal na TV. Seria preciso dar-lhe mais tempo, num ambiente de menor formalidade, deixá-lo à vontade para as suas deambulações discursivas, ricas de conhecimento também e, por vezes, com lampejos de fina argúcia, muito contundente para certos alvos ou figuras a desmarcarar ou a abater.

Mas em que TV hoje seria isto possível ? Paradoxalmente, foi-o no tempo da Ditadura, em que a TV sustentou anos a fio programas de conteúdo cultural, a cargo de figuras de fino recorte intelectual como as já referidas.
Parece maldição dos tempos !

Anónimo disse...

Mitas vezes não concordo com VPV, mas gosto de o ler. Sempre. Delicio-me com as suas crónicas de "Mal-Dizer". São um retrato acutilante e por vezes venenoso do país. É verdade. Mas é literatura de qualidade.

Unknown disse...

Não aprecio mitos. "O mito é o nada que é tudo...", remember?

Unknown disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Unknown disse...
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Anónimo disse...

Espero não cer censurada. Obrigada!

O VPV tem um enorme defeito: não propõe; só destrói. É muito fácil para um homem inteligente como ele é. Mas é muito pouco, pela mesma razão.