Num artigo publicado ontem no "Público", o dr. José Miguel Júdice incensa Cavaco e Sócrates, apelidando-os de "irmãos siameses". Como a peça não é irónica, sou forçado a levar a sério as considerações do ilustre antigo bastonário da Ordem dos Advogados. A "tese" em si - óbvia - não merece grandes divagações. Só um ponto, porém, me chamou a atenção. A dada altura dos "elogios", Júdice sai-se com esta: "o Governo de Sócrates já fez mais num ano no sentido de corrigir situações inadmissíveis no aparelho de Estado e de intervir para reduzir custos". Com o devido respeito, não era com esse mesmo Estado - o das "situações inadmissíveis" e onde é preciso "reduzir custos" - que o dr. Júdice queria contratar, para efeitos de assessoria técnico-jurídica, através da sua luxuosa sociedade de advogados? Será que, nessas condições, o "Estado" já agradaria mais ao dr. Júdice e deixaria de ser, por assim dizer, supérfluo?
3 comentários:
Precisa mas é de ir tomar um copo à Quinta das Lágrimas e o resto são atitudes bregas.
Deixe-se de copos de leite...
«Elementar, meu caro Watson»
Esse tipo é uma afronta a deontologia profissional!
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