Um simples "click" num computador pôs imediatamente Portugal naquilo a que o primeiro-ministro chamou de "tempo real com o que se passa lá fora". Falo dos dez milhões de caixinhas de correio electrónico que os CTT/Estado puseram à disposição do "povo". Mais tarde vi o dr. Zorrinho, coordenador do sublime "plano tecnológico", a explicar que, desde que haja um "ponto de contacto" - no vizinho, nos correios, no café, na casa-de-banho, etc., etc. -, é só "mandar" e "receber". Acontece que o "tempo real" de que falam o engº Sócrates e o dr. Zorrinho não é o mesmo em Lisboa ou em Boticas. Nem a "vizinhança" ou sequer o posto de correios. Aliás, bastava olhar para a plateia que compunha o evento para perceber a frivolidade do exercício. Estava ali meio regime, de um lado e do outro, os "sempre-em-pé" do empresariado público. São dois países diferentes, com "tempos" diferentes. Confesso que não sei qual é o mais "irreal".
3 comentários:
ainda alguém me há-de explicar para é que isto serve realmente. E mais, se se estão a fechar estações dos correios por todo o país, não há dúvada que o acesso à caixa de e-mail vai ser muito fácil...
... "pobre". Ainda vão ter que chamar o 112 para levarem a "pequena" da ilustração para o hospital - deve ficar com tantas "dores na coluna" ...
eu não vou aderir a esta fantochada enquanto tivermos vilas, e aldeias sem água ao domicílio, saneamento básico, rede eléctrica a 100%...
país da treata e dos 2 mundos e da bipolaridade...
os muito ricos e os muito pobres...os muito primeiro-mundo e os muito segundo-mundo...
mais uma vergonha do Gov. Sócrates e que vem detrás.....
abraço
RPM
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