24.6.06

AUSÊNCIA


Num deserto sem água
Numa noite sem lua
Num país sem nome

Ou numa terra nua


Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua.

Sophia de Mello Breyner Andresen

3 comentários:

Anónimo disse...

Correcção do Poema

«Num deserto sem água
Numa noite sem lua
Num país sem nome
Ou numa terra nua

Por maior que seja o DESEMPREGO
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua».

Anónimo disse...

Ali, lembranças contentes
n'alma se representaram,
e minhas cousas ausentes
se fizeram tão presentes
como se nunca passaram.
Ali, depois de acordado,
co rosto banhado em água,
deste sonho imaginado,
vi que todo o bem passado
não é gosto, mas é mágoa.

Luís de Camões

Anónimo disse...

É tudo o que basta: uma nesga de sol, um horizonte de mar e o céu azul.
Proust dizia que devíamos guardar um pouco do céu azul por cima das nossas cabeças.
É isso mesmo: guardar um pouco de céu, azul.
6.4.05