Por um texto de Teresa de Sousa no Público, fico a saber que Ramin Jahanbegloo, um intelectual iraniano, foi detido pelas "autoridades" do seu país no aeroporto de Teerão, em finais de Abril - só a 3 de Maio é que o Irão revelou o facto - alegadamente por ser demasiado "internacionalista". Dele foi reeditado recentemente entre nós o livro "Quatro entrevistas com George Steiner", pelas Edições Fenda. Aliás, Steiner é o primeiro nome a figurar num pedido público de libertação de Jahanbegloo, promovido a partir da revista Esprit onde colabora o académico iraniano. O cosmopolitismo é um sinal de civilização. Ramin Jahanbegloo é um cidadão do mundo que vive e escreve para "tentar perceber", coisa aparentemente considerada criminosa e "ocidental" pelas luminárias primitivas de Teerão. Por isso Ramin é, acima de tudo, um dos nossos.
2 comentários:
esse: "...é, acima de tudo, um dos nossos." é assustador, parecia proferido pelos "outros" que o prenderam.
Já reparou como andam eufóricos alguns com os dislates dos senhores do Irão, da Venezuela e da Bolívia?Vale tudo, desde que ataquem o amigo americano.
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