Vale a pena ler este texto de Maria José Morgado sobre "o combate à corrupção". Andamos distraídos pela espuma - bola, milhões para isto e para aquilo, as lideranças da oposição, o governante tal, os apetrechos a que alguns chamam de maternidades, um dichote parvo de alguém, etc., etc. - e escapa-nos o essencial. Quando uma sociedade se dissolve mansamente, é natural que floresça por aí a corrupção - a esconsa e a mais "profissionalizada" - e se acentue a demissão do Estado enquanto "acusador público", para recuperar uma expressão feliz de Medeiros Ferreira. Também a promiscuidade entre distintas funções de soberania, não ajuda ao exercício. MJM chama-lhes "nódulos do sistema". "Num país de empregados públicos o discurso oficial contra a corrupção não existe, ou é supersticioso."
3 comentários:
Caro João,
É a típica impunidade que faz da justiça portuguesa uma máquina trituradora que aniquila os pobres que dela esperam a reparação do dano e/ou a compensação da perda.
Este país enoja-me!
Peço desculpa pelo desabafo, porém sou testemunha desse tipo de procedimento.
Um abraço
... muito pouco fica por "dizer" depois de se ler o seu texto e, o de Maria José Morgado!!!
... realmente a «minhoca com mãos» é a melhor ilustração ...
À espuma dos dias que nos distrai mansamente, queira acrescentar a muito eficaz propaganda governamental, dos milhões e não só.E nós que fazemos para que a sociedade não se dissolva mansamente?
Pois se nem a forte intervenção cívica, e não só, de MJM leva a nada.
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