«Alguns patetas, que devem ter dificuldade em encontrar a cabeça com as duas mãos, protestam inteligentemente contra os "tremendistas". O dr. Mário Soares (sempre uma alegria) chora dia a dia a "Europa" perdida (ou desencaminhada) e reza aos santinhos da sua desesperada devoção como Lula e Obama. E, segundo consta, uma facção lírica à fado de Coimbra continua ao vento à procura do pensamento. Mas, de qualquer maneira, um facto é certo: a crise de 2008 não produziu uma ideia. Basta ver Portugal. O Estado apodrece, como sempre historicamente apodreceu, com o défice do orçamento e a dívida externa. O regime político está paralisado e desliza pouco a pouco para o grotesco. O PSD não passa de um grupinho de coscuvilheiras, sem vergonha ou emenda. E o PS serve um optimismo lorpa a uma populaça céptica. Nem um arrepio perturbou a inanidade da nossa vida pública. A reorganização da direita? Qual quê? A reforma da esquerda? Nem pensar. Afinal, a julgar pela placidez da populaça e a resignação da classe média, a crise não existe. Como, de resto, se constatará em 2010. Não é?»
Vasco Pulido Valente, Público
2 comentários:
le sette opere di misericordia
Caravaggio
faz cada dia mais falta
dar da mangiare agli affamati
2 milhões de pobres
600 mil desempregrados ad aeternam
prioridade do pm
8 Janeiro "dia de gays"
Curiosamente a octogenária figura abraça o tremendismo em voga.
Fazendo valer a sua profunda autoridade na matéria chega a afirmar que «(...) que a força dos lobbies e dos grandes interesses multinacionais conseguiu insinuar dúvidas em muitos espíritos e em alguns representantes de Governos, principalmente nos mais ricos em recursos de carvão, petróleo, gás e mais interessados na sua comercialização; que o aquecimento da Terra, ao contrário do que nos dizem alguns, não é um fenómeno natural e, portanto, resulta do comportamento hostil dos humanos à natureza. Essa teoria - diga-se - é falsa e rejeitada pela esmagadora maioria dos cientistas mundiais, nomeadamente pelo Grupo de Cientistas e Técnicos Intergovernamental sobre a evolução do clima.»
E, pronto. Perante a pronúncia de uma tal "autoridade", melhor será calar-me. Caso contrário, ainda me lança uma fatwa!
Enviar um comentário