5.10.09

A VIDA MATERIAL E A DEMAGOGIA

Uma das coisas mais vergonhosas das campanhas é ver criaturas que andam o ano todo de carro com motorista a apanhar eléctricos, autocarros e o metro para armar ao pingarelho. Experimentem isso mas às horas a que as pessoas "normais" os têm de apanhar - muitas delas vindas da periferia por barco ou comboio o quer dizer que já levam uma boa hora ou meia de transportes públicos - para perceberem o que é a vida material.

6 comentários:

estouparaaquivirada disse...

Concordo, e muitas vezes, para eles entrarem com comitiva e guarda-costas ficam os verdadeiros utentes na paragem!
E a ida às feiras? Também é um programão!

Também gostei muito de ver o Soares nos Gato.

Lura do Grilo disse...

O João queria circo todos os dias? O artista tem que descansar.

Anónimo disse...

Respeitinho, Dr. João Gonçalves. Respeitinho.

Anónimo disse...

A este propósito, "Enfermaria n.º 6", um conto de Tchekhov, revela-se muito pedagógico.
Cumprimentos,
Carla Jané

ana disse...

Sr. J. Gonçalves creio que não terá muitos leitores que utilizem os transportes públicos e que não tem automóvel,nem recursos para o ter.
Vai chegar o Inverno, lá vem os dias dos salpicos, e ficar o dia com a roupa a secar no corpo, chegar a casa e pôr jornais no sapatos para o secar.
Sabe não me incomoda as ditas elites que usam o transportes como propaganda. O que me incomoda está mais perto quando por ex: colegas que podiam dar boleia, mas preferem olhar para o lado...

zé sequeira disse...

Mesmo a propósito:
Hoje, pela manhã, quando me deslocava - a pé - na minha zona de residência, no intuito de alcançar o Metro que me levaria ao Marquês e ao autocarro 48 para, graças ao desvio do tráfego pelo túnel do Santana, me dirigir em poucos minutos às Amoreiras e, consequentemente, a Miraflores, cruzei-me com o inefável Zé (o embargador que não faz falta nenhuma), que se deslocava... evidentemente... de CARRO, (pudera, não havia câmaras de televisão). Gritei-lhe, em voz alta: "Então hoje não vai(s) de transportes?". Ao aperceber-me do risinho cínico que obtive como resposta, não hesitei e, esticando o dedo "pai de todos", ao mesmo tempo que encolhia os adjacentes "fura-bolos" e "anelar" executei o gesto que - espero - os lisboetas façam a esta "gente" no próximo domingo.
F...-.., vão gozar com o c......