Duma entrevista ao suplemento "cultural" do Expresso (fosse eu o escritor e tinha atirado o entrevistador do 21º andar). Pergunta: «O que mudou na sua filosofia (sic) de escrita desde o primeiro livro até "The Humbling"?» Resposta: «Não há nenhuma filosofia envolvida. A principal alteração é o aprofundamento da experiência de vida. Quando se começa a escrever na casa dos 20 anos, só temos essas experiências, que mesmo assim podem ser vividas e moldadas para ficção. Mas agora já ando aqui há muito tempo. Já vi muita coisa. Acho que a diferença mais importante é essa.» Pergunta: «Conhece algum escritor português?» Resposta: «Não.» Pergunta: «Quando sabe que o livro está terminado?» Resposta: « Simplesmente sei.» Pergunta: «Como vê o futuro da literatura? » Resposta: «Acho que os leitores vão acabar. O público do romance diminui a toda a hora, em grande parte devido à tecnologia, que afasta as pessoas. O ecrã sempre distraiu as pessoas da palavra escrita, é um aparelho que exerce enorme poder. Primeiro foi o ecrã do cinema, depois a televisão e agora o computador...»
3 comentários:
"(...)Primeiro foi o ecrã do cinema, depois a televisão e agora o computador...»(...)"
dou-lhe razão. eu passo os dias no computador a jogar Xadrez e a ler blogs.
Chessplayer
Pode-se saber o nome de tão ilustre "entrevistador"?
Ainda não percebi como é que os do costume não se insurgiram contra as declarações do Roth.
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