1.10.09

IRRELEVANTE E TRIVIAL?


José Manuel Fernandes vai deixar a direcção do Público. Era coisa que andava a ser negociada há já algum tempo. Talvez os "últimos" desenvolvimentos a tivessem apressado apesar do ainda director ter "deixado cair", algures, que só se fosse doido é que ia embora agora. Doido ou não doido, o certo é que sai. Independentemente do que se possa pensar de JMF, o Público era, até ao momento, o único jornal que não alinhava pela "redacção única" que se instalou nas redacções dos media (todos) nestes derradeiros anos de temor reverencial. Sucede-lhe uma editora da "cultura", Bárbara Reis. Os editores "culturais" dos nossos meios de comunicação social não se distinguem particularmente pela subtileza ou pelo rasgo. Permitem que, nas respectivas secções, falem no essencial uns para os outros de irrelevâncias, trivialidades e, sobretudo, dos amigos deles que normalmente também lá debitam. Se calhar é isso que se pretende. Transformar o Público em mais um jornal irrelevante e trivial.

8 comentários:

Eduardo Freitas disse...

Ao longo destes últimos anos, o Público cometeu, por vezes, erros importantes e mesmo, de quando em vez, erros graves.

O Público contém, dentro de si, na sua redacção, um bom punhado de socretinos e bloquistas.

Agora - volto a concordar consigo, João Gonçalves -, o Público é o único jornal respirável.

Também temo pela saída de JMF, num timing que não deixa de ser suspeito.

aristófanes disse...

A boçalidade atingiu, irremediavelmente, este país. Quando a totalidade dos "média" se premitem a focar os seus comentários no objecto atingido desviando a atenção do objecto agressor nada mais se pode esperar. Todos os comentadores da SIC (especialmente a sicn) são de uma pobreza assustadora. Este pesadelo não passa. Espero que JG não atire a toalha ao chão

ASG disse...

Sai mais uma 'rolha' para a mesa do canto.
Assim, deixa de haver quem chateie...

Pedro Malaquias disse...

Leia-se o i.

Anónimo disse...

Se eu fosse a Bárbara Reis corria de imediato com o Vasco Pulido Valente, Teresa de Sousa, Vital Moreira, Rui Ramos e com Pacheco Pereira.

Não lhes reconheço aquilo que eles não são: opinion makers.

Unknown disse...

A seguir a Manuela Moura Guedes, José Manuel Fernandes. Não me importo que isto seja uma Venezuela e tenhamos que aturar este 'chaveco' sem quilha e sem velas, mas quero petróleo! Se isto é a Venezuela então, ao menos, petróleo! Ao menos pão! Estou cansado do circo!

Freire de Andrade disse...

Pedro Malaquias, o Púbico, com todos os seus defeitos, se passar a ser uma caixa de ressonância de quem manda, como outros jornais, deixa de ser útil. Tentei o i, mas desiludiu-me inteiramente

Aforista disse...

Está confirmado: o Público vai ser como o i, que não serve nem para limpar o u.
Vou passar a ter de ler apenas o El Mundo.